Vasco de Castro
Vasco de Castro ou apenas Vasco (Ferreira do Zêzere, agosto de 1935 — Amadora, 11 de julho de 2021), foi um cartunista português de referência, com vasta obra publicada. Expôs pintura e desenhos em múltiplos eventos e participou em antologias internacionais de humor.[1] BiografiaFilho do poeta trasmontano Afonso de Castro, nasceu no concelho de Ferreira do Zêzere, em agosto de 1935, porque a sua mãe dava lá aulas na escola primária e, posteriormente, seguiu para casa dos avós, em Vila Real, onde cresceu. Frequentou o curso de Direito da Universidade de Lisboa, onde foi dirigente associativo e se envolveu em atividades jornalísticas e culturais.[1][2] Viveu exilado em Paris de 1961 a 1974, tendo colaborado na imprensa francesa como desenhador satírico, conquistando aí a sua maturidade plástica. Tem obra publicada no Le Monde, Le Figaro e em outros títulos de grande circulação em França. Fundou em Paris uma editora destinada a publicar periódicos e outro material de cariz político próximo da extrema-esquerda. Participou em filmes do realizador francês Jean Pierre Mocky (L'Étalon, Solo, Chut !, entre outros).[2] Regressou a Lisboa depois do 25 de Abril de 1974, "para se impor no seu traço agressivo como um dos mestres da caricatura". Em Portugal continuou a sua militância política e fundou o jornal Página Um, colaborando ainda ativamente na imprensa com textos e desenhos. "Artista com um dos traços mais ousados da caricatura contemporânea, procura nunca prescindir da estética em favor da leitura mais fácil".[3] Foi autor das obras Montparnasse, mon village (1985), Fotomaton (1986), Leal da Câmara (1996) e Montparnasse até ao esgotamento das horas (Campo das Letras, 2008). Foi membro da Academia de Belas Artes.[2] Faleceu a 11 de julho de 2021, aos 85 anos de idade, no Hospital Amadora-Sintra, vítima de problemas respiratórios.[1] Referências
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