VC50
O VC50 foi um computador de 8 bits, projetado para uso profissional ou semi-profissional, produzido no Brasil pela Engetécnica (posteriormente denominada Varix; atual Varixx) em 1983,[2] em plena Reserva de Mercado e baseado no TRS-80 Color Computer (também chamado de "CoCo", contração de "Color Computer") da Tandy/Radio Shack americana, o qual foi o primeiro computador da Tandy a gerar imagens gráficas em cores a um baixo custo de produção. Entre 1983 e 1985, a Varixx produziu o Varix VC 50, microcomputador compatível com a linha TRS 80 Color. O Varix VC 50 era um computador completo e versátil, existiam versões com opcionais, tais como monitor e unidades de disco flexível integrados, destinadas a atender as necessidades do usuário doméstico e as demandas nas áreas de informatização comercial e industrial. O catálogo do VC 50 oferece soluções empresariais completas de hardware e software, com destaque às soluções para usinas de cana-de-açúcar, destilarias e empresas agropecuárias. Concomitante ao encerramento da comercialização do VC 50, em 1985 a Varixx Indústria Eletrônica iniciou a produção dos jigs de teste, equipamentos especializados para suprir a necessidade de automação de processos e protocolos de testes e controle de qualidade para renomados fabricantes de eletrônicos, autopeças e computadores, entre eles Philips Brasil, Philips Argentina, IBM e Bosch.[1] Características
HistóricoO público-alvo inicial do VC50 era principalmente as empresas agropecuárias, usinas de açúcar e destilarias[1]; o equipamento, dotado originariamente de unidade de disco flexível em seu robusto gabinete e teclado numérico à direita do mesmo, passou a ser usado como controlador de processos industriais e, ainda, nos cálculos financeiros e de produção envolvidos no trabalho agrícola. Para tanto, a Varixx, antiga Engetécnica/Varix se preocupou em desenvolver também pacotes de software que incluíam desde sistemas para controle laboratorial de teor de sacarose até a geração de lista de preços para fretes.[4] Apesar de pretender se estabelecer como computador profissional/semi-profissional, tentou também concorrer com microcomputadores domésticos, inclusive do mesmo padrão TRS-80 Color, como o CP400. No entanto, pelo fato de possuir até duas unidades de disquete em seu gabinete, o que encarecia o seu custo, não conseguiu grande sucesso entre os usuários domésticos; por outro lado, também não conseguiu se firmar perante os modelos profissionais pelo fato de existirem outros equipamentos de boa respeitabilidade no mercado, como o CP 500 e o Sistema 700, ambos da Prológica, bem como os da tradicional linha Apple II. Referências
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