Universidade Nacional da Guiné Equatorial
A Universidade Nacional da Guiné Equatorial (UNGE; do espanhol: Universidad Nacional de Guinea Ecuatorial), é uma instituição pública de ensino superior, sendo a principal universidade da República da Guiné Equatorial na África Central. Conta com um campus principal em Malabo, assim como uma unidade em Bata. Seu atual Reitor é Filiberto Ntutumu Nguema Nchama. HistóriaA tradição universitária da UNGE remonta ao período colonial espanhol, quando foram criadas as primeiras escolas superiores do país, ancoradas na preocupação espanhola diante dos diversos movimentos de descolonização que começavam a ganhar corpo no continente africano. Do período colonial à independênciaO percurso da UNGE começou com o antigo Instituto Colonial Indígena, criado em 30 de março de 1935,[2] com vocação para o ensino técnico. No entanto, foi somente em 6 de agosto de 1943, quando este Instituto foi elevado a Escuela Superior Indígena (ESI), que de fato teve início o ensino superior na Guiné.[3] A partir de 1958 o ESI passa a chamar-se Escuela Superior Santo Tomás de Aquino, mudando novamente de nome, em 1959, para Escuela Superior Provincial. Nesse período o estabelecimento expedia diplomas de administração, magistério (hoje pedagogia) e comércio (hoje ciências econômicas). Ao passo que o país tornou-se independente, sob o comando do ditador Macías Nguema, a escola foi reformulada, passando a denominar-se em 1971 de Escuela Superior "Martin Luther King" (ESMLK).[4][5] A escola no entanto ainda não havia conseguido cumprir com um papel formador amplo, fato que só viria ocorrer na década de 1980, com a unificação da ESMLK com a Escola de Magistério de Malabo, permitindo principalmente ampliar a formação de licenciados para lecionar nos níveis primário e secundário.[6] Reformas pós-golpe de ObiangAo Teodoro Obiang assumir o governo por meio de um golpe de estado, em 1979, buscou expandir o acesso ao ensino supeior, por meio de uma forte cooperação com a UNESCO e com o governo espanhol.[7] Isso culminou na transformação da ESMLK, em 1984, em Escuela Universitaria de Formación del Profesorado de Malabo.[6] Além disso, criou-se, em 1987, a Escuela Nacional de Agricultura (posteriormente Escuela Universitaria de Estudios Agropecuarios, Pesca y Forestal), mediante financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento.[8] As reformas educacionais propostas pela UNESCO a Obiang deram origem também à Escuela Universitaria de Formación del Profesorado de Bata e a Escuela Universitaria de Sanidad e Medio Ambiente.[9] Formação da UNGEEssas quatro escolas deram a possibilidade de amadurecimento do ensino superior ao país, ao passo que formaram importantes quadros técnicos. Diante disso o governo viu a necessidade de implementar uma universidade que viesse federar as instituições. Nisso criou-se a Universidad Nacional de Guinea Ecuatorial (UNGE; Universidade Nacional da Guiné Equatorial) por meio da Lei Nº 12/1995 de 6 de janeiro de 1995,[10] congregando a:
Em 1998 foi incorporada à estrutura da UNGE a Escola Universitária de Administração e foi criada a Faculdade de Letras e Ciências Sociais. Em 2001 foi criada a Faculdade de Ciências Médicas e a Escola Universitária de Engenharia e Técnica.[9] Estrutura orgânicaEm 2015 a universidade se organizava de acordo com a seguinte estrutura orgânica:
A UNGE ainda é composta por 3 escolas universitárias filiadas:
InfraestruturaO Campus Principal, em Malabo, se encontra na Avenida Hassan II. A edificação sede da reitoria foi construída em 1949 e faz parte do patrimônio arquitetônico da nação. A residência do campus da Malabo tem uma capacidade de 200 lugares.[11] A universidade possui uma subsede da reitoria em Bata.[11] A universidade ainda é uma das responsáveis pela Reserva Científica da Caldeira de Luba, desenvolvendo muitos projetos investigativos ali, principalmente sobre a população de primatas do local. Na investigação e divulgação científica, mantém o periódico "Modjo Muan Nan".[11] Mantém a equipa poliesportiva Deportivo UNGE.[11] Cooperação internacionalA UNGE tem assinado vários acordos com várias universidades espanholas, como a Universidade Nacional de Educação à Distância, a Universidade Miguel Hernández de Elche e a Universidade de Alcalá de Henares.[11] Reitores
Pessoas notáveis
Referências
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