USS Nevada (BB-36)
O USS Nevada foi um couraçado operado pela Marinha dos Estados Unidos e a primeira embarcação da Classe Nevada, seguido pelo USS Oklahoma. Sua construção começou em novembro de 1912 pelos estaleiros da Bethlehem Shipbuilding na cidade de Quincy, em Massachusetts, e foi lançado ao mar em julho de 1914, sendo comissionado na frota norte-americana em março de 1916.[1] Era armado com uma bateria principal composta por dez canhões de 356 milímetros montados em duas torres de artilharia triplas e duas torres duplas, tinha um deslocamento carregado de quase 29 mil toneladas e conseguia alcançar uma velocidade máxima de 20,5 nós (38 quilômetros por hora). O Nevada foi enviado para o Reino Unido durante os últimos meses da Primeira Guerra Mundial com o objetivo de reforçar a Grande Frota britânica, mas nunca entrou em combate. Voltou para casa e passou o período entreguerras ocupando-se principalmente de exercícios de rotina com o resto da frota. O navio passou por uma modernização entre 1927 e 1930 que reformulou seu armamento, adicionou protuberâncias antitorpedo e substituiu suas caldeiras, entre outras modificações. Ele estava presente em 7 de dezembro de 1941 durante o Ataque a Pearl Harbor, conseguindo navegar e deixar seu ancoradouro mas sendo torpedeado e bombardeado várias vezes, ficando seriamente danificado.[1] O couraçado foi recuperado e modernizado, retornando ao serviço em outubro de 1942. Participou brevemente da Campanha das Ilhas Aleutas em 1943 e pelo ano seguinte escoltou comboios no Oceano Atlântico. Atuou em ações de bombardeio litorâneo em junho de 1944 durante a invasão da Normandia e depois em na invasão do Sul da França. O Nevada depois foi transferido para a Guerra do Pacífico e participou das Batalhas de Iwo Jima e Okinawa em 1945. Após o fim da guerra foi usado nos testes nucleares da Operação Crossroads, ficando seriamente danificado e radioativo. Foi descomissionado em agosto de 1946 e depois afundado como alvo de tiro em 31 de julho de 1948.[1] TecnologiaLançado em 1914, o Nevada foi um avanço na tecnologia dreadnought; quatro de suas novas características seriam incluídas em quase todos os subsequentes navios da marinha americana: torres com três canhões, armamento antiaéreo, óleo no lugar de carvão para combustível, e o principio do “tudo ou nada” com relação à blindagem.[2] OperaçõesNevada serviu em ambas as duas guerras mundiais: durante poucos meses da Primeira Guerra Mundial, ele estava baseado em Bentry Bay, Irlanda, para proteger os comboios de suprimentos que estavam navegando para o Reino Unido. Na Segunda Guerra Mundial, ele foi um dos navios pegos no ataque japonês à Pearl Harbor. Ele era o único couraçado a navegar durante o ataque, fazendo dele “o único ponto brilhante numa manhã sombria e depressiva”. Ele foi atingido por um torpedo e pelo menos seis bombas enquanto saía da área do ataque, forçando-o a encalhar. Subsequentemente recuperado e modernizado em Puget Sound Navy Yard, o Nevada serviu como escolta de comboio no atlântico e como apoio em quatro assaltos anfíbios: na invasão do Dia D na Normandia, no sul da França, em Iwo Jima e Okinawa. Pós-guerrate fim da Segunda Guerra Mundial, a marinha decidiu que o Nevada era muito velho para ser retido, então eles designaram-no para ser um navio alvo nos experimentos atômicos que estavam acontecendo no Atol de Bikini em julho de 1946 na Operação Crossroads.[3] Após ser atingido por duas bombas atômicas, ele ainda flutuava, mas com pesados danos e radioativo. Ele foi descomissionado em 29 de agosto de 1946 e afundado durante praticas de tiro naval em 31 de julho de 1948. Em 2020 num projeto da SEARCH, uma empresa arqueológica privada, e da empresa de robótica marinha Ocean Infinity, usando veículos subaquáticos autónomos, os investigadores conseguiu identificar o naufrágio a uma profundidade de mais de 4.700 metros e capturar imagens do local.[4] Referências
Ligações externas
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