Trabalhadores comunitários de saúde

Os trabalhadores comunitários de saúde constituem uma categoria paraprofissional composta por agentes que atuam, de forma complementar aos serviços ou sistemas de saúde, para melhorar o cuidado ofertado a grupos prioritários ou de difícil alcance. Geralmente, eles residem na mesma comunidade em que desenvolvem seu trabalho, que pode incluir atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças, tratamento de condições de saúde básicas e levantamento de dados. Dentre os trabalhadores comunitários, pode haver pessoas leigas ou com algum grau de educação formal e o treinamento exigido para o exercício da função pode ser informal e de curta duração. Estes agentes podem ser remunerados, receber algum tipo de subsídio ou voluntários.[1]

Tanto em países desenvolvidos, como em desenvolvimento, há diversos exemplos de programas, nacionais ou focais, que incorporam trabalhadores comunitários. Além do setor público, organizações não-governamentais e outras instituições têm utilizado este recurso. No Brasil, a Estratégia Saúde da Família, que consiste no modelo preferencial para a organização da atenção primária, no Sistema Único de Saúde, incluiu os agentes comunitários de saúde na composição das equipes de Saúde da Família. Há evidências de benefícios para a saúde da população a partir desta medida.[2]

Referências

  1. Olaniran, Abimbola; Smith, Helen; Unkels, Regine; Bar-Zeev, Sarah; van den Broek, Nynke (2017). «Who is a community health worker? – a systematic review of definitions». Global Health Action. 10 (1). doi:10.1080/16549716.2017.1272223 
  2. Macinko, J. (1 de Janeiro de 2006). «Evaluation of the impact of the Family Health Program on infant mortality in Brazil, 1990-2002». Journal of Epidemiology & Community Health. 60 (1): 13–19. doi:10.1136/jech.2005.038323