Traços de liderança
Teoria dos traços de liderança [1]Os Traços de liderança são definidos como padrões integrados de características pessoais que refletem uma gama de diferenças individuais e promovem a eficácia do líder em uma variedade de grupos e situações organizacionais (Zaccaro, Kemp, e Bader, 2004). A Teoria da Liderança se desenvolveu a partir de pesquisas sobre liderança que se concentrou principalmente em encontrar um grupo de atributos hereditários, que diferenciem líderes de não lideres. A eficácia do líder é relativa à quantidade de influência que um este tem sobre o desempenho individual ou de grupo, a satisfação dos seguidores e eficácia global (Derue, Nahrgang, Wellman, e Humphrey, 2011). Muitos estudiosos têm argumentado que a liderança é exclusiva apenas a um número restrito de indivíduos e que estes indivíduos possuem certos traços imutáveis que não podem ser desenvolvidos (Galton, 1869). Embora essa perspectiva tenha sido imensamente criticada ao longo do século passado, os estudiosos continuam a estudar os efeitos de traços de personalidade sobre a eficácia da liderança. A investigação demonstrou que os líderes bem sucedidos diferem de outras pessoas e possuem certos traços de personalidade, que contribuem significativamente para o seu sucesso. Compreender a importância dessas características fundamentais da personalidade que predizem eficácia do líder pode ajudar as organizações com as suas práticas de seleção de líder, treinamento e desenvolvimento (Derue et al., 2011).
Contexto histórico[2]Há muito tempo os estudiosos da Liderança observaram os líderes da vida real e tentaram descobrir o que eles têm em comum - estudando líderes como Margaret Thatcher, Nelson Mandela, Richard Branson (presidente da Virgin Group), Steve Jobs (co-fundador da Apple) entre outros - para buscar identificar traços associados a liderança. Mais tarde, no início do século 20, as teorias do “grande homem” evoluíram para as chamadas “teorias de traços”, que partiam do princípio de que os líderes apresentariam traços de personalidade típicos que os tornariam diferentes dos não-líderes. As teorias dos traços perderam credibilidade por volta da metade do século 20, quando o teórico Ralph Stogdill descartou, após extenso estudo da literatura então existente, a possibilidade de que as pessoas se tornem líderes devido a uma combinação de traços de personalidade. A teoria dos traços[2]As pesquisas para identificar traços associados à liderança apresentaram 6 características que diferenciam os lideres dos não lideres:
AutoconhecimentoPessoas com alto grau de conhecimento, flexíveis, que se adaptam à diversas situações, tem maior chance de se destacar como líder nos grupos sociais. Quais traços avaliam se é um líder ou nãoUma serie de características e qualidades em um indivíduo são avaliadas e mostram se ele é um líder ou não. Esses traços são divididos em 3 dimensões:
O conjunto desses traços, combinados, apontavam o grau de liderança de uma pessoa de acordo com suas características pessoais. Limitação da teoria dos traçosOs traços de liderança apresentam 4 limitações:
A teoria dos traços nos dias de hoje[3]Apesar de ser considerada popular e ainda relevante para muitas pessoas, a Teoria dos Traços não é tão bem aceita por estudiosos da liderança, que acreditam que essa qualidade precisa ser adquirida e trabalhada, e não que se nasce com ela. Profissionais da área afirmam que o que qualifica um bom líder não são apenas suas características natas, e sim a maneira que eles se comportam diante de alguma situação em que eles exerçam a liderança. Referências |