Tiroteio na escola The Covenant de Nashvile
O tiroteio na escola The Covenant de Nashvile refere-se a um ataque a tiros à escola cristã de The Covenant de Nashvile, Tennessee, Estados Unidos, no dia 27 de março de 2023. Três crianças e três adultos foram mortos.[1][2][3] O crime foi cometido por Audrey Hale, uma pessoa transgênero de 28 anos, que havia nascido mulher mas se identificava como um homem. Hale havia sido aluno da escolha e acabou morto pela polícia.[4] "Caso em escola de Nashville foi 131º ataque a tiros nos EUA em menos de três meses (...) ou seja, houve uma média de 1,5 tiroteio em massa por dia no país de 1º de janeiro a 27 de março (86 dias)", reportou a BBC.[5] ContextoA escola é uma instituição Presbiteriana para estudantes de até 12 anos. Tem cerca de 200 alunos e 33 professores. Após o crime, o prefeito de Nashvile, John Cooper, escreveu no Twitter que "em uma manhã trágica, Nashville se juntou à temida e longa lista de comunidades que experimentaram um tiroteio em uma escola".[1] As armas estão disseminadas nos Estados Unidos e os tiros já são a principal causa de morte entre os jovens americanos. Em 27 de Março, o Arquivo da Violência Armada tinha contado 130 tiroteios em massa nos EUA desde o início do ano, com 647 em 2022. Segundo uma estimativa do Washington Post, mais de 348.000 crianças foram directamente expostas - como vítimas físicas ou transeuntes traumatizados - a um tiroteio escolar desde o massacre de Columbine em 1999.[6] CrimeO incidente aconteceu na manhã de 27 de março de 2023 e o chefe de polícia disse à imprensa que os policiais foram chamados às 10h13 (horário local) e que quando chegaram à escola, ouviram tiros no segundo andar do prédio, onde encontraram o atirador com dois fuzis e uma pistola. Segundo testemunhas, o criminoso entrou na escola atirando nas portas de vidro do prédio, armado com dois fuzis "tipo assalto" e uma pistola. Acredita-se que ao menos duas armas foram compradas legalmente em Nashville.[7] Hale foi morto às 10h27min após trocar tiros com os agentes da lei.[1] As crianças atingidas pelos tiros ainda foram levadas Monroe Carell Jr. Children's Hospital, mas foram declaradas mortas no centro de saúde.[8] MotivaçãoAutoridades não conseguiram estabelecer o motivo do crime, mas suspeitam que Hale tivesse raiva da escola por ter sido obrigado a frequentá-la quando era jovem. Segundo o Daily Mail, ele teria tido um conflito com os seus pais muito religiosos, que não aceitavam a sua homossexualidade e o seu desejo de se tornar um homem. Segundo o New York Post, ele também teve dificuldades em lidar com a morte de um amigo que conheceu na escola secundária, que morreu num acidente de carro em 2022 e por quem tinha sentimentos românticos.[6] AutorAudrey Hale era uma a pessoa transgênero que havia nascido mulher e começado a se identificar como homem poucos meses antes de cometer o crime. Era conhecido como "bom aluno". Em 2022 havia se formado na Nossi College of Art & Design em Nashville e trabalhava como designer gráfico e ilustrador. Morava com os pais, que eram conhecidos como pessoas gentis pelos vizinhos. Sua mãe, Norma Hale, disse que a situação era "muito difícil para a família". [4] Vinte (20) minutos antes de invadir a escola, Hale havia mandado uma mensagem para uma amiga de infância chamada Averianna Patton, onde escreveu: "um dia isso fará mais sentido. Deixei evidências mais do que suficientes para trás. Mas algo ruim está para acontecer”. Patton, no entanto, disse à CNN que não entendeu o porquê da mensagem, já que não haviam mais tido contato enquanto adultos. "Eu não conhecia a adulta... não conheço esse lado dela", disse Patton ao ser entrevistada, ainda adicionando que Hale era “muito quieta, muito tímida” quando criança. [9] Os pais da atiradora disseram aos policiais que Hale estava em tratamento médico devido a um "distúrbio emocional". [9] Hale havia planejado o crime, tendo inclusive comprado sete armas legalmente entre 20 de outubro de 2020 e 6 de junho de 2022. [10] ReacçõesO tiroteio gerou controvérsia sobre a responsabilidade do massacre, com alguns comentadores, particularmente à esquerda, apontando o fluxo de armas, enquanto outros, particularmente à direita, culparam a orientação sexual do atirador. O senador republicano de Ohio, JD Vance disse no Twitter que "a extrema-esquerda deveria fazer um exame de consciência profundo" se se verificasse que o atirador era uma pessoa transgénero. "Ceder a estas ideias não é compaixão, é perigoso", acrescentou ele.[6] VítimasA atiradora fez seis vítimas fatais: [6]
Referências
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