Timóteo II de Constantinopla
Timóteo II de Constantinopla (em grego: Τιμόθεος Β´; m. 3 de setembro de 1620), dito Marmarinos (em grego: Μαρμαρηνός), foi patriarca ecumênico de Constantinopla entre 1612 e 1620. HistóriaTimóteo II nasceu em Bandırma[1], na costa sul do mar de Mármara. Em 28 de fevereiro de 1601, tornou-se bispo metropolitano de Patras, um cargo no qual permaneceu até ser eleito patriarca. Depois da deposição do patriarca Neófito II, em outubro de 1612, a Igreja de Constantinopla foi deixada temporariamente sob os cuidados de Cirilo Lucaris como lugar-tenente por causa de sua posição como patriarca de Alexandria. Lucaris esteve perto de ser nomeado patriarca, mas quatro bispos se opuseram e conseguiram eleger Timóteo graças a uma promessa ao sultão otomano de aumentar o tributo anual pago pelo Patriarcado para 8 000 kuruş[2]. Assim, depois de 21 de interregno, Lucaris desistiu e, no final de outubro ou em novembro de 1612, Timóteo assumiu o trono patriarcal. Timóteo permaneceu um feroz oponente de Lucaris e forçou que ele se retirasse para Monte Atos. Timóteo conseguiu ainda um pedido de prisão contra ele, mas Lucaris fugiu de volta para Alexandria[3]. Timóteo também denunciou Lucaris como sendo um luterano. A razão para o conflito entre os dois, contudo, não era um alinhamento de Timóteo com os inimigos de Lucaris, a Igreja Católica, que era contrária ao seu posicionamento pró-luterano, pois Timóteo também era anti-católico[2], mesmo tendo escrito, em 1615, uma carta obsequiosa ao papa Paulo V[4]. Em 1614, Timóteo reconstruiu e ampliou a pequena igreja de São Jorge, em Phanar, que, desde 1601, era a sé episcopal do Patriarcado[5]. Timóteo II morreu em 3 de setembro de 1620[6] ou em março de 1621 segundo outras fontes[2]. Na época correram rumores de que ele teria sido envenenado num jantar oferecido pelo embaixador da República Holandesa[4], aliada de Lucaris, mas nenhuma prova foi produzida[2]. Ver também
Referências
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