Thorkild Grosbøll
Thorkild Grosbøll (Støvring, 27 de fevereiro de 1948 – 11 de maio de 2020) foi um pastor da Igreja da Dinamarca. Tornou-se notório no início dos anos 2000 quando declarou publicamente a descrença em um Deus criador e intervencionista.[1] Sua linha teológica é o ateísmo cristão construído pelo teólogos Rudolf Bultmann, Gianni Vattimo e Paul Tillich. BiografiaApós pastorar em vários locais, Grosbøll tornou-se pároco em Taarbæk, em junho de 1991.[2] Na primavera de 2003, publicou o livro En Sten i Skoen (A Stone in the Shoe), resultando em poucas reações muito embora tenha escrito que não acreditava em Deus. Em 23 de maio de 2003, o jornal dinamarquês Weekendavisen publicou uma entrevista com Grosbøll, na qual ele repetiu as declarações de seu livro que, em particular, ele não cria em um Deus criador ou responsável.[3][4] Após um protesto público, a bispa de Elsinore, Lise Lotte Rebel, deu início a uma série de conversas com o pastor, que teve início em 3 de junho de 2003, a respeito de sua fé. Simultaneamente, ela o desobrigou de suas funções pastorais em Taarbæk por Grosbøll não crer em Deus. Ele havia violado quatro pontos:
Em 23 de julho de 2003, Thorkild Grosbøll foi autorizado a continuar o seu serviço como pároco em Taarbæk, sob a supervisão especial episcopal. Em 3 de julho de 2004, Grosbøll foi instruído a demitir-se até o dia 4 de junho ou ele seria suspenso. Em 7 de julho de 2004, o presidente eleito do conselho paroquial de Taarbæk, Lars Heilesen, informou a paróquia sobre a situação de Grosbøll na igreja. Em 10 de junho de 2004, Rebel dispensou novamente Grosbøll de suas funções. Durante todos esses acontecimentos, a comunidade paroquial de Taarbæk ficou ao lado de Grosbøll. Houve um debate público acalourado, ocasionalmente alimentado por declarações de Grosbøll como: “Deus pertence ao passado. Ele é realmente tão antiquado que eu estou desconcertado por pessoas modernas acreditando em sua existência. Estou completamente alimentado de palavras vazias sobre milagres e vida eterna”. Ao mesmo tempo, ele sustentou que o bispo e a imprensa o entendiam mal, tirando de contexto as citações de seus sermões. Em 12 de julho de 2004, o Ministro dos Assuntos Eclesiásticos transferiu o caso para um tribunal eclesiástico. A primeira fase desse processo, uma audiência das partes envolvidas, foi concluída em fevereiro de 2005. Em 11 de março de 2005, o ministério dispensou a bispa Rebel da supervisão de Thorkild Grosbøll transferindo-o para o bispo de Roskilde, Jan Lindhardt. Assim, o ministério colocou o caso do tribunal eclesiástico em espera.[5] Em 20 de maio de 2006, Grosbøll confirmou seus votos sacerdotais diante de Lindhardt na presença de testemunhas e por sua assinatura sendo assim autorizado a servir novamente como pastor, mas sendo instruído a não falar com a imprensa. Assim, o caso foi reposto até o outono de 2007, onde foi decidido que a supervisão fosse transferida para o bispo de Ârhus, Kjeld Holm, até 1 de maio de 2008, quando Lindhardt se aposentaria. Conforme anunciado pouco depois desta decisão, Grosbøll aposentou-se quando ele completou 60 anos em fevereiro de 2008.[6] MorteMorreu no dia 11 de maio de 2020, aos 72 anos.[7] Referências
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