Thoracica Nota: Se procura pelo curso d'água romeno, veja Rio Craca.
Thoracica é uma superordem da classe Maxillopoda que agrupa os crustáceos marinhos sésseis ou pedunculados conhecidos pelo nome comum de cracas (ordem Sessilia) e percebes (ordem Pedunculata). O grupo inclui alguns dos organismos mais comuns nas costas rochosas, tais como as espécies Semibalanus balanoides e Chthamalus stellatus. Estes animais quando adultos apresentam um exoesqueleto calcificado composto por várias placas que definem uma forma cónica. As cracas escolhem normalmente substratos rochosos, mas podem fixar-se também a fundos de embarcações (onde causam estragos) ou a outros animais (por exemplo baleias). Por serem animais que formam colónias (durante a fase natante da larva), a sua reprodução é constante. Apresentam seis apêndices bem desenvolvidos, podendo ser sésseis ou pedunculados. A carapaça é fortemente calcificada. O grupo inclui organismos de vida livre e espécies comensais.[1] Cerca de 97% das espécies conhecidas são hermafroditas.[2] TaxonomiaAs modernas taxonomias, nomeadamente a classificação de Martin & Davis,[3] colocam o agrupamento Thoracica como uma superordem dos Cirripedia de que resulta a seguinte classificação até ao nível das famílias:
Uso culinárioAlgumas espécies de cracas e de percebes são utilizadas na alimentação humana, servindo de base à confecção de entradas ou entrando na composição de pratos de marisco. Entre as espécies mais utilizadas está a Megabalanus azoricus, uma craca de grandes dimensões que deve o seu nome específico ao ter sido originalmente descrita com base em espécimes colhidos no arquipélago dos Açores, onde é utilizada na alimentação humana, sendo consumida cozida em água do mar. Posteriormente foi identificada noutros locais como, por exemplo, nos arquipélagos da Madeira e de Cabo Verde. Outra craca com grande consumo é a Austromegabalanus psittacus, originária das costas da região sul e central do Chile. Várias espécies de percebes das famílias Pollicipedidae e Lepadidae são utilizadas na alimentação humana, sendo em geral aproveitado o pedúnculo carnudo.[4] Os géneros mais utilizados são Pollicipes e Capitulum. Notas
Ligações externas
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