A trama é baseada em fatos reais e gira em torno da casa E-1027, projetada pela arquiteta e designer irlandesa Eileen Gray, e da controvérsia de como a influencia dela para a arquitetura moderna e o design do século XX através da obra foi quase inteiramente apagada da história pelo arquiteto franco-suíço Le Corbusier, e de como a relação de Eileen com Jean Badovici alimentou ainda mais a cisão entre entre os dois arquitetos, tanto pessoal quanto profissionalmente, levando a uma negligência com o legado de Eileen parelela a aclamação de Le Corbusier como um dos mais importantes arquitetos do século.
Situada principalmente na Riviera Francesa, o filme mostra os eventos e detalhes que cercam o eventual apagamento da participação de Eileen no projeto de sua própria casa por Le Corbusier e a re-atribuição de seu projeto por omissão para os homens machistas em sua vida, o que essencialmente tirou Eileen do direito de ser reconhecida como a autora de seu próprio trabalho.
O filme é construído como uma comparação entre as histórias dos dois - com Le Corbusier derrubando a quarta parede e contando sua versão da história, em uma espécie de paralelo simbólico a suas intervenções intrusivas na vida de Eileen, e com Eileen Gray sendo a protagonista de fato, a qual a diretora dá a primeira e a última palavra.[1][2]
Em uma entrevista em 2011 durante a divulgação do filme Man on the Train, a diretora Mary McGuckian explicou que seu futuro projeto seria o desenvolvimento do longa-metragem The Price of Desire, depois de terminar de trabalhar em The Novelist.[3][4]
O filme entrou em pré-produção em 2013,[5] e o orçamento do filme exigiu um empréstimo de 300 mil euros.[6] A atriz americana Shannyn Sossamon foi inicialmente escalada como Eileen Gray, antes de Orla Brady assumir o papel.[7]
No início de agosto de 2013, as filmagens foram feitas em um estúdio em Bruxelas, na Bélgica.[11] As filmagens na Riviera Francesa ocorreram no final de agosto em Roquebrune-Cap-Martin, na E-1027 e também na estação ferroviária de Roquebrune-Cap-Martin.[12]
Os serviços de pós-produção foram fornecidos pela Windmill Lane Studios.[13]
Distribuição
Entertainment One obteve os direitos de distribuição do filme do filme no Canadá e na França.[10]
The Price of Desire teve recepção ruim por parte dos críticos. O filme teve uma aprovação de 27% no agregador de críticas Rotten Tomatoes, baseado em 11 críticas, com média de 4.69/10.[15] Já no Metacritic, a nota foi de apenas 29 de 100, baseada em 6 críticas.[16]
Alissa Simon, da Variety, chama o filme de uma "biografia tediosa" e que Orla Brady foi despediçada no papel, acresentando ainda que o documentário Gray Matters, lançado no ano anterior, tem um tratamento mais inspirado sobre a notável vida, talento e legado de Eileen Gray.[17] Na mesma linha, a crítica Leslie Felperin do The Guardian diz que "(Eileen Gray) não recebe o tratamento que merece nesta produção risível", dando duas estrelas de cinco.[18] Roger Ebert deu uma estrela e meia, criticando, entre outros pontos, as quebras de quarta parede de Le Corbusier que acabam focando muito no arquiteto e não na verdadeira protagonista, e também a falta de mais elementos da vida de Eileen, como suas relações afetivas para além de Jean Badovici - mesmo o caso com a cantora Damia tem pouco destaque.[19]