The Great Gig in the Sky
"The Great Gig in the Sky" é uma faixa do álbum The Dark Side of the Moon, de 1973, da banda inglesa de rock progressivo Pink Floyd. A canção é um instrumental vocal da cantora Clare Torry. Na versão original em LP do álbum, a canção é a quinta faixa, entretanto algumas versões do álbum em CD trazem as primeiras duas músicas — "Speak to Me" e "Breathe" — unidas, fazendo de "The Great Gig in the Sky" a quarta faixa do álbum. ComposiçãoA canção ganhou vida a partir de uma progressão de acordes do tecladista Richard Wright, que era chamada de "The Mortality Sequence" (A Sequência da Mortalidade) ou de "The Religion Song" (A Canção da Religião). Durante os ensaios prévios à gravação de The Dark Side of the Moon em 1972, a canção era um simples instrumental de órgão acompanhado por gravações de vozes dizendo frases da Bíblia e de discursos de Malcolm Muggeridge, um escritor britânico conhecido por sua visão religiosa conservadora. Durante a gravação do álbum, a primeira tentativa foi de gravar os acordes com um piano no lugar do órgão. Tentou-se colocar vários efeitos sonoros diferentes na faixa, incluindo gravações de astronautas da NASA se comunicando durante as missões espaciais, mas nada foi satisfatório. Finalmente, em janeiro de 1973,[2] algumas semanas antes do álbum ser finalizado, a banda decidiu tentar uma voz feminina "lamentando" durante a música.[3] Clare TorryQuando a banda começou a procurar uma vocalista para a gravação, o engenheiro de som Alan Parsons sugeriu Clare Torry, uma compositora e cantora de estúdio que, na época, tinha 25 anos de idade. Parsons já havia trabalhado com Clare e gostou da voz dela ao ouvi-la em um álbum de covers.[4] Um funcionário do Abbey Road Studios entrou em contato com ela e tentou marcar uma sessão de gravação para a tarde do mesmo dia, mas ela não pareceu muito interessada: além de não ser muito fã do Pink Floyd, ela tinha outros compromissos, como um show de Chuck Berry para o qual ela já havia comprado ingressos. Uma sessão de gravação foi marcada para o domingo subsequente.[5][6][4] No começo da sessão, a banda tocou o instrumental para Clare, e disse muito pouco a ela, simplesmente pedindo para que ela improvisasse uma linha vocal. No início, ela teve dificuldade para entender o que eles queriam, mas acabou se inspirando, ao ouvir o instrumental, com o pensamento "talvez eu apenas deva imaginar que sou um mais um instrumento".[4] Ela gravou dois takes completos, sendo o segundo mais emotivo que o primeiro. David Gilmour pediu para que ela gravasse um terceiro take, mas no meio dele Clare parou sentindo que estava sendo repetitiva e que já havia feito o melhor que podia. A faixa final do álbum foi montada com partes extraídas dos três takes de Clare. Os membros da banda ficaram profundamente impressionados com a performance de Clare, mas foram tão reservados que, quando foi embora, Clare achou que nenhum de seus takes seriam aproveitados.[4] Ela só soube quando viu o álbum numa loja de discos, e por acaso viu seu nome nos créditos. Então ela comprou o álbum e pela primeira vez ouviu o resultado final. Impressões
Chris Thomas, que trabalhou como assistente de mixagem para Alan Parsons no álbum, disse que na época eles já estavam trabalhando na mixagem. No DVD Classic Albums: The Dark Side of the Moon, vários dos membros mencionam que eles não sabiam bem o que fazer nessa música. Wright ainda diz que, quando Clare terminou, ela ficou se desculpando por sua performance, mas na verdade todos os que estavam presentes estavam maravilhados com o que ela havia feito. Reaparição de Clare com o Pink Floyd no Knebworth Festival, 1990em 1990, o Pink Floyd tocou no festival Knebworth, e a segunda música do concerto foi "The Great Gig In The Sky", com - pela primeira e única vez ao vivo - Clare Torry nos vocais - Clare nunca cantara a música ao vivo com a banda antes disso, e nunca tocou nos próximos shows da banda -, além de ter sido uma das Vocais de apoio ao longo do show. isso pode ser visto e ouvido no álbum ao vivo "Live at Knebworth 1990" de 2021. Processo judicialEm 2004, Clare Torry processou o Pink Floyd e a gravadora EMI pelos royalties da composição, baseada no fato de que sua contribuição caracterizava uma coautoria com Richard Wright em "The Great Gig in the Sky". Na época, seu cachê foi padrão, de £30.[7] Em 2005, as partes chegaram a um acordo em favor de Clare, embora os termos do acordo não tenham sido revelados.[8] Todas as publicações a partir de 2005 listam a composição como sendo de autoria de Richard Wright e Clare Torry.[1] Partes faladasA canção possui duas partes faladas, que foram tiradas de gravações que ocorreram durante a produção do The Dark Side of the Moon. São elas:
Créditos
Referências
Bibliografia
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