Temporada de ciclones no Índico Norte de 2009
A temporada de ciclones no Oceano Índico norte de 2009 foi um evento em andamento do ciclo anual de formação de ciclones tropicais. A temporada de ciclones no oceano Índico não há limites específicos, embora a maioria dos ciclones tende a se formar em abril e dezembro, com picos em Maio e Novembro. Estas épocas do ano delimitam convencionalmente o período de cada ano quando a maioria dos ciclones tropical tende a se formar no Oceano Índico norte. A temporada iniciou-se efetivamente em meados de abril, quando o ciclone Bijli formou-se no golfo de Bengala. Bijli causou seis fatalidades ao atingir a costa de Bangladexe dias depois. O ciclone Aila foi o mais intenso e o mais desastroso ciclone tropical da temporada, quando causou mais de 330 fatalidades também em Bangladexe no final de maio. O ciclone Phyan foi o único ciclone tropical dotado de nome no mar Arábico em 2009, e atingiu a costa da Índia, causado outras sete fatalidades. O ciclone Ward, que se formou em meados de dezembro, foi último ciclone da temporada, e causou apenas danos mínimos no Seri Lanca. TempestadesTempestade ciclônica Bijli
Ver artigo principal: Ciclone Bijli
Bijli formou-se de uma área de perturbações meteorológicas na região central do golfo de Bengala em 14 de abril. Com boas condições meteorológicas, o sistema continuou a se organizar, e se tornou uma depressão tropical profunda, segundo o Departamento Meteorológico da Índia (DMI), naquele mesmo dia.[1] Seguindo para noroeste, o sistema se tornou a tempestade ciclônica "Bijli" em 15 de abril.[2] Apesar das boas condições meteorológicas, Bijli não foi capaz de se intensificar rapidamente assim que seguia para noroeste, e depois para nordeste, seguindo paralelamente à costa da Índia e do Bangladexe. Bijli atingiu seu pico de intensidade em 17 de abri, com ventos máximos sustentados de 85 km/h, segundo o Joint Typhoon Warning Center,[3] ou 75 km/h, segundo o DMI. A partir de então, Bijli começou a se desorganizar assim que interagia com a costa, e o DMI desclassificou Bijli para uma depressão tropical profunda,[4] e para uma depressão tropical mais tarde naquele dia.[5] O ciclone fez landfall na costa sudeste de Bangladexe, perto da cidade de Chatigão, durante a tarde (UTC) de 17 de abril, com ventos de até 85 km/h, segundo o JTWC, ou 45 km/h, segundo o DMI.[6] Seguindo para leste-nordeste, Bijli rapidamente se enfraquecer assim que encontrou os terrenos montanhosos do norte do Mianmar e começou a se dissipar. Com isso, tanto o JTWC quanto o DMI[6] emitiram seus avisos finais sobre o sistema.[7] Bijli causou estragos, principalmente na costa de Bangladexe. Pelo menos 700 residências foram destruídas e outras 2.300 foram danificadas pela força dos ventos do ciclone.[8] Cerca de 3.600 acres de plantações foram prejudicados.[8] Antes da chegada do ciclone, cerca de 200.000 pessoas saíram de suas residências para recorrer a abrigos de emergência, principalmente na cidade de Chatigão e nas localidades do Distrito de Cox's Bazar.[9][10][11] Seis pessoas morreram como consequência dos efeitos do ciclone em Bangladexe.[8] Tempestade ciclônica severa Aila
Ver artigo principal: Ciclone Aila
No final da noite de 21 de maio, uma área de perturbações meteorológicas começou a mostrar sinais de organização na região central do Golfo de Bengala.[12][13] Seguindo para norte, o sistema começou a se desenvolver gradualmente. Durante a manhã de 22 de maio, o Departamento Meteorológico da Índia classificou o sistema como a segunda depressão tropical da temporada.[14] No dia seguinte, o sistema se tornou uma depressão tropical profunda, segundo o DMI. Naquele momento, o Joint Typhoon Warning Center (JTWC) classificou o sistema como um ciclone tropical significativo, e lhe atribuiu a designação "02B".[13] O sistema continuou a se intensificar gradualmente, e o DMI classificou o sistema como a segunda tempestade ciclônica da temporada, atribuindo-lhe o nome "Aila".[15] Seguindo para o norte, Aila continuou a se intensificar, e se tornou a primeira tempestade ciclônica severa da temporada. Aila atingiu seu pico de intensidade na manhã (UTC) de 25 de maio, com ventos máximos sustentados de 110 km/h, segundo o DMI, ou 120 km/h, segundo o JTWC. Logo em seguida, Aila fez landfall na costa da província indiana de Bengala Ocidental, perto da cidade de Calcutá, durante seu pico de intensidade.[16] Sobre terra, Aila começou a se enfraquecer rapidamente, e dissipou-se completamente no dia seguinte assim que encontrou a Cordilheira do Himalaia. Os efeitos de Aila na Índia e em Bangladexe foram devastadores. Pelo menos 330 pessoas morreram diretamente pelos efeitos do ciclone na região.[17][18][19] Porém, mais de 8.200 pessoas ficaram desaparecidas. Mais de um milhão de pessoas ficaram desabrigadas,[19] e os prejuízos econômicos diretos passaram de 40 milhões de dólares.[20] Depressão ARB 01
No início da madrugada de 21 de junho, uma área de baixa pressão começou a mostrar sinais de organização a cerca de 675 km a sudoeste de Bombaim, Índia. Estando uma área de baixo cisalhamento do vento, o sistema continuou a se desenvolver gradualmente. O sistema continuou a se organizar sobre o Mar Arábico, e o Joint Typhoon Warning Center (JTWC) emitiu um Alerta de Formação de Ciclone Tropical (AFCT) sobre o sistema em 23 de junho. Naquele momento, o Departamento Meteorológico da Índia (DMI) classificou o sistema para a terceira depressão tropical da temporada, e o primeiro sistema a se formar no Mar Arábico. Seguindo para noroeste, a depressão fez landfall naquela tarde. Sobre o estado indiano de Gujarat, a depressão se enfraqueceu, e o DMI desclassificou o sistema para uma área de baixa pressão e emitiu seu aviso final sobre o sistema. Porém, o sistema ganhou novamente o Mar Arábico, e se reintensificou para uma depressão, antes de atingir a costa do Paquistão e se dissipar definitavemnte. As fortes tempestades associadas à depressão causaram nove mortes em Gujarat, Índia.[21][22] Em alguns pontos daquele estado, a precipitação acumulada ultrapassou 100 mm.[23] Depressão profunda BOB 03
No início da madrugada de 20 de julho, o Departamento Meteorológico da Índia (DMI) começou a monitorar uma área de perturbações meteorológicas que cmeçou a mostrar sinais de organização no extremo norte do Golfo de Bengala naquele dia. Ainda em 20 de julho, o DMI classificou o sistema para a quarta depressão tropical da temporada. Seguindo lentamente para noroeste, a depressão se intensificou para uma depressão tropical profunda naquela tarde. Horas depois, a depressão tropical profunda fez labdfall na costa do estado indiano de Bengala Ocidental, e começou a se enfraquecer rapidamente. O sistema se degenerou para uma área de baixa pressão remanescente no dia seguinte, e o DMI emitiu seu aviso final sobre o sistema. Depressão profunda BOB 04
No início da madrugada (UTC) de 3 de setembro, o Departamento Meteorológico da Índia (DMI) informou que uma área de baixa pressão tinha se formadoem associação à monção ao largo da costa do estado indiano de Orissa.[24] No dia seguinte, o sistema começou a se organizar em torno de seu centro de circulação de baixos níveis, numa região de cisalhamento do vento moderado.[25][26] No início da madrugada (UTC) de 5 de setembro, a área de baixa pressão seguiu para uma região com cisalhamento do vento mais fraco, e o Joint Typhoon Warning Center (JTWC) emitiu um Alerta de Formação de Ciclone Tropical (AFCT) sobre o sistema, enquanto que o DMI informou que a área de baixa pressão havia se intensificado para uma depressão tropical.[27][28] Mais tarde naquele dia, o DMI classificou o sistema para uma depressão tropical profunda, enquanto que o JTWC classificou o sistema para um ciclone tropical significativo, atribuindo-lhe a designação "03B".[29][30] No entanto, o primeiro aviso do JTWC regular sobre o ciclone também era o último, já que o ciclone havia feito landfall perto da cidade de Digha, no estado indiano de Bengala Ocidental.[30][31] Contudo, o DMI manteve os avisos regulares sobre o sistema até o início da madrugada de 7 de setembro, quando o DMI relatou que o sistema havia se enfraquecido para uma depressão tropical, e então para uma área de baixa pressão mais tarde naquele dia. As chuvas torrenciais associadas à depressão causaram grandes danos no estado de Bengala Ocidental, Índia. Pelo menos 4 pessoas morreram devido às fortes enxurradas ou pelas grandes enchentes.[32] Outras 150.000 pessoas ficaram desabrigadas[33] após as fortes chuvas terem danificado ou destruído mais de 10.000 residências.[34] Tempestade ciclônica Phyan
Ver artigo principal: Ciclone Phyan
Na manhã (UTC) de 9 de novembro, o Departamento Meteorológico da Índia (DMI) classificou uma área de perturbações meteorológicas sobre o mar Arábico como a depressão ARB 03, o terceiro sistema tropical da temporada nesta região.[35] Mais tarde naquele dia, o Joint Typhoon Warning Center também classificou o sistema para um ciclone tropical significativo e lhe atribuiu a designação "04A".[36] Na madrugada (UTC) de 10 de novembro, o DMI classificou o sistema para uma depressão tropical profunda,[37] e para a tempestade ciclônica "Phyan" no início daquela noite.[38] Phyan atingiu seu pico de intensidade logo em seguida, com ventos máximos sustentados de 85 km/h, segundo o JTWC.[39] A partir de então, Phyan começou a se enfraquecer assim que começou a se interagir com o sudoeste da Índia e a ser afetado por cisalhamento do vento. Phyan fez landfall na costa indiana na manhã (UTC) de 11 de novembro, entre Alibagh e Bombaim, e se enfraqueceu para uma depressão profunda logo depois, segundo o DMI.[40] O sistema continuou a se enfraquecer naquele dia, e o DMI desclassificou o sistema para uma depressão simples no início daquela noite.[41] O JTWC já havia emitido seu aviso final sobre o sistema horas antes.[42] No início da madrugada de 12 de novembro (UTC), o DMI desclassificou a depressão para uma área de baixa pressão remanescente e emitiu seu aviso final.[43] As fortes chuvas causados por Phyan e pelo seu sistema predecessor causaram chuvas torrenciais no Sri Lanka e no sudoeste da Índia, causando pelo menos 7 fatalidades mas deixando mais de 750 desaparecidos. Tempestade ciclônica Ward
Na manhã (UTC) de 10 de dezembro, o Departamento Meteorológico da Índia (DMI) classificou uma área de perturbações meteorológicas no golfo de Bengala como uma depressão tropical.[44] No início da madrugada seguinte, o DMI classificou o sistema para uma depressão tropical profunda.[45] Ainda naquela manhã, o DMI classificou o sistema para uma tempestade ciclônica e lhe atribuiu o nome "Ward".[46] Naquela tarde (UTC), o Joint Typhoon Warning Center classificou o sistema para um ciclone tropical significativo e lhe atribuiu a designação "05B".[47] Ward atingiu seu pico de intensidade ainda em 11 de dezembro, com ventos máximos sustentados de 85 km/h, segundo o JTWC. Logo em seguia, Ward começou a se enfraquecer assim que seguia para sudoeste, e o DMI declassificou o ciclone para uma depressão tropical profunda na noite (UTC) de 12 de dezembro,[48] e para uma depressão tropical simples no dia seguinte.[49] O JTWC emitiu seu aviso final sobre o sistema ainda naquele dia.[50] No início da madrugada (UTC) de 15 de dezembro, o DMI emitiu seu aviso final sobre Ward assim que o sistema se degenerou para uma área de baixa pressão remanescente sobre o Sri Lanka.[51] Nomes das tempestadesOs nomes seguintes serão usados para dar nomes aos sistemas que se foram no ano de 2009. Os nomes listados abaixo são usados sequencialmente e apenas uma vez. Os países que normalmente são afetados por sistemas nesta região do planeta fornecem nomes às tempestades. Estes nomes são organizados segundo a ordem alfabética do país que os forneceu.[52] Abaixo, estão listados os seis próximos nomes a ser usados.
Ver também
Referências
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