Templo de Vejóvis
O Templo de Vejóvis, na Roma Antiga, foi um templo do deus Vejóvis (em latim: Veiovis). Na literaturaSegundo as fontes literárias, o templo ficava num terreno "inter duos lucos" ("entre dois bosques sagrados"), um na cidadela de Roma (Arx) e outro no Capitólio, os dois picos do monte Capitolino[1]. A estátua do deus ficava perto da estátua de um bode[2]. Na mesma área estava também o Asilo (Asylum), onde, segundo a lenda[3], Rômulo teria recebido fugitivos de outras partes do Lácio (Latium) para aumentar a população de sua nova cidade, principalmente refugiados políticos, escravos foragidos, latinos e etruscos, e, segundo Floro, frígios e acádios[4]. Sua construção foi prometida em 200 a.C. pelo propretor Lúcio Fúrio Purpúrio na Batalha de Cremona, durante a guerra contra os boios, e dedicado em 192 a.C. por Quinto Márcio Rala. ArqueologiaOs restos de um templo foram escavados em 1939, na época de Benito Mussolini, durante uma escavação sob a Piazza del Campidoglio para a criação do corredor subterrâneo ligando o Palazzo dei Conservatori ao Palazzo Nuovo por debaixo da praça. As ruínas identificadas do templo podem ser vistas atualmente embaixo do Tabulário. O Templo de Vejóvis foi salvo da destruição por ter sido enterrado debaixo das fundações de edifícios posteriores no Capitólio e a estrutura descoberta foi identificada como sendo o Templo de Vejóvis a partir de fontes antigas e da descoberta de uma estátua sagrada de mármore na cela do edifício. As fontes afirmam que esta estátua tinha uma face imberbe e levava na mão direita um feixe de flechas. A principal características deste templo, raramente encontrada em outros templos romanos (provavelmente pela falta de espaço), é uma cela transversalmente alongada, cuja largura é quase duas vezes maior que sua profundidade (15 x 8,90 metros). O pódio elevado é composto de um núcleo interno de cal e argamassa revestido com travertino, a mesma pedra utilizada para pavimentar o pátio do templo. A fachada segue a linha do Aclive Capitolino e tem um pórtico com quatro pilares na parte central precedido por um lance de escadas. Três fases distintas de construção foram identificadas, a última das quais no século I a.C. e ligada à construção do Tabulário. O templo foi depois restaurado pelo imperador Domiciano, que acrescentou os pilares de tijolos e mármore colorido no revestimento do piso e das paredes da cela. Localização
Referências
Bibliografia
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