Taxi to the Dark Side
Taxi to the Dark Side (br Um Táxi para a Escuridão) é um filme documentário estadunidense de 2007 que revela as violações constitucionais e de direitos humanos da Convenção de Genebra pelo governo Bush e sua doutrina. Tem por base o homicídio numa prisão afegã de um inocente taxista chamado Dilawar, e procura demonstrar como o governo ianque, com apoio da população do seu país, conseguiu implantar ações que legitimaram a instalação de um sistema que levou à morte cerca de cem prisioneiros. Com duração de 106 minutos, o documentário foi o vencedor em sua categoria, no Oscar 2008.[3] Sinopse
No ano de 2002 o jovem taxista afegão Dilawar consegue comprar um carro novo; a fim de conseguir passageiros, realiza uma pequena viagem onde é contratado por três homens. Na viagem de volta é parado por um grupo de milicianos afegães, aliados dos soldados ianques na Guerra do Afeganistão. Acusados de efetuar ataques às tropas invasoras, são entregues aos soldados e levados para uma das prisões estadunidenses fora do país, esta em Bagram, onde vem a falecer dentro de cinco dias.[3] Como mais tarde se apurou, os ataques tinham sido feitos pelos próprios milicianos "aliados". Mas mesmo tendo sua captura ocorrido de modo suspeito e apesar de explicar a verdade, Dilawar é submetido a métodos de tortura que incluíam ser algemado no teto, privação de sono, horas sob música alta, humilhações diversas, intimidação com cães e violência física nas pernas - que levaram à sua morte ao final. O caso passou despercido, até que uma repórter, entrevistando a família do morto, teve acesso ao atestado de óbito em que o médico legista consignara a causa mortis como homicídio. Escrito em inglês, os familiares de Dilawar não compreendiam o que estava consignado ali. A investigação então publicada levou à prisão e condenação de alguns soldados que participaram do crime de guerra - mas o documentário procura demonstrar como a cadeia de comando do Exército dos Estados Unidos, a partir do vice-Presidente Dick Cheney, passando pelo gabinete do Procurador-Geral e outras tantas autoridades, construíram um sistema de interpretações falsas da Convenção de Genebra, da Constituição dos Estados Unidos, e foi aplicado na guerra do Iraque e na prisão de Guantánamo, em Cuba.[3]
A escuridão de Cheney foi aquela que conduziu o táxi de Dilawar e o mundo durante os oito anos do governo de George Walker Bush.[4] Oscar 2008O documentário foi o vencedor de Melhor documentário na edição 2008 do Óscar. Concorreu com "No End in Sight", "Operation Homecoming - Writing the Wartime Experience", "Sicko" e "War-Dance". O prêmio foi anunciado pelo ator Tom Hanks.[5] Lançamento no BrasilCom censura de 14 anos, o filme foi lançado no Brasil em 23 de janeiro de 2009,[6] pela televisão no Canal Futura, com reprise dois dias após, em versão legendada.[3] Referências
|