SofanenaSofanena (em grego: Σωφανηνή; romaniz.: Sophanēnḗ) ou Sofena Maior (em armênio: Մեծ Ծոփք; romaniz.: Cop’k’ Mec) foi um Estado principesco situado ao sul da província de Sofena, do Reino da Armênia.[1] Segundo a tradição preservada por Moisés de Corene, foi estabelecido pelo mítico Valarsaces I.[2] Compreendia uma área de 9 800 quilômetros quadrados,[3] situada entre os rios Tigre a oeste e Nínfio (atual Batman) a leste.[4] Em seu território estava situada a cidade de Martirópolis e o castelo de Babila,[5] que serviu como abrigo do tesouro real. Dois bispados, os de Marnópolis e Martirópolis, foram constituídos em Sofanena e um dos bispos de Sofanena esteve presente no Concílio da Calcedônia de 451.[6][7] Robert Hewsen sugeriu que Martirópolis foi incorporada tardiamente em Sofanena, nas reformas administrativas do imperador Justiniano I (r. 527–565) do ano 536, quando a província da Armênia IV foi criada.[8] No reinado de Maurício (r. 582–602), Amida (atual Diarbaquir) foi incorporada em Sofanena.[9] Em 298, pelos termos da Paz de Nísibis, permaneceu sob controle do Império Romano, com sua linhagem agindo como vassala do imperador.[10][11] Em 363, nos termos da nova Paz de Nísibis, a vizinha Arzanena foi concedida ao Império Sassânida e o rio Nínfio de Sofanena compôs parte da fronteira romano-iraniana até 591.[1] Durante o reinado de Papa (r. 370–374), o general Musel I atacou Sofanena e outros territórios vizinhos para reanexá-la ao Reino da Armênia.[12] De acordo com Cyril Toumanoff, sua linhagem principesca, conhecida durante o período arsácida, deve ter se originado na extinta dinastia orôntida que governou a Armênia.[13] Ela foi omitida na Lista Militar (Զորնամակ, Zōrnamak), o documento que indica a quantidade de cavaleiros que cada uma das famílias nobres devia ceder ao exército real em caso de convocação. Cyril Toumanoff sugeriu que, dada sua relevância regional, podia arregimentar mil cavaleiros.[14] Referências
Bibliografia
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