Soemo de Sofena Nota: Para o rei da Armênia, veja Soemo da Armênia.
Caio Júlio Soemo Filocésar Filorromeu (em grego: Γάιος Ιούλιος Σόαιμος Φιλοκαίσαρ Φιλορωμαίος; romaniz.: Gáios Ioúlios Sóaimos Philocaísar Philorо̄maíos; em latim: Gaius Julius Sohaemus Philocaesar Philorhomaeus, lit. "Caio Júlio Soemo, amante de César, amante de Roma"),[1][2] também conhecido como Soemo de Emesa ou Soemo de Sofena, foi um príncipe e rei sacerdote cliente romano da Síria que viveu no século I. Governou o Reino de Sofena de 54 a 73. Seu nome pode derivar da raiz aramaica ŠḤM, que descrevia a cor preta. VidaSoemo era um membro da família real de Emesa. Era neto de Jâmblico II e o segundo filho do rei sacerdote Sampsiceramo II, que governou o Reino Emeseno de 14 a 42, e da rainha Jotapa. Tinha um irmão mais velho chamado Caio Júlio Azizo, que foi o primeiro marido da princesa herodiana Drusila e tinha duas irmãs: Jotapa, que se casou com o príncipe herodiano Aristóbulo Menor, e Júlia Mameia, esposa de Polemão II (r. 38–62).[3] Soemo nasceu e foi criado em Emesa.[3] Azizo morreu em 54 e Soemo sucedeu seu irmão como rei sacerdote. Governou de 54 até sua morte em 73 e foi o sacerdote do deus Sol sírio, conhecido em aramaico como Elguebal. Numa data desconhecida em seu reinado, se tornou o patrono da colônia romana de Heliópolis (moderna Balbeque, no Líbano).[4] Em homenagem ao seu patrocínio de Heliópolis, uma estátua de Soemo com uma inscrição honorífica acompanhada foi dedicada a ele na cidade.[2] A inscrição honorária em latim diz:
A inscrição dedica e homenageia Sampsiceramo II com seu filho Soemo, cada um como um grande rei [Regis Magni].[1] Na inscrição, Soemo é homenageado como um duúnviro quinquenal; um patrono da colônia em Heliópolis e recebeu a ornamenta consularia [estatuto consular honorário].[2] No primeiro ano de seu reinado, sob o imperador romano Cláudio ou Nero, Soemo recebeu a província romana de Sofena para governar. Como Sofena estava perto da nascente do rio Tigre, teria sido capaz de montar seus arqueiros para afastar os partas. Durante seu reinado, as relações emesenas com o governo romano se estreitaram. Quando Vespasiano se tornou imperador em 69, Soemo foi um dos primeiros a jurar lealdade a ele.[4] Ao falecer em 73, foi sucedido por seu filho Caio Júlio Alexião.[5] Referências
Bibliografia
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