Sinciciotrofoblasto

Syncytiotrophoblast
Primary chorionic villi. Diagrammatic.
Latim syncitiotrophoblastus
Estágio Carnegie 5a
Dias 8

O sinciciotrofoblasto é uma grande camada de células embrionárias sinciciais originada dos trofoblastos, que tem como função abrir caminho na parede do endométrio para a implantação do blastocisto durante a segunda semana de gestação.

Durante a segunda semana serve com suporte para as glândulas erodidas e meio de comunicação entre o sangue materno e o embrião. No final da segunda semana, o sinciciotrofoblasto, os citotrofoblastos e a mesoderme formam o córion. É responsável também pela produção do hormônio hCG. [1]

Função

Imagem mostrando trofoblasto diferenciado em duas camadas de citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto durante a nidificação.

É a camada externa dos trofoblastos e invade ativamente a parede uterina, durante a nidação, rompendo os capilares maternos e estabelecendo assim uma interface entre o sangue materno e o líquido extracelular embrionário, facilitando a troca passiva de material entre a mãe e o embrião.

A propriedade sincicial é importante porque o sistema imunológico da mãe inclui glóbulos brancos que são capazes de migrar para os tecidos "comprimindo-se" entre as células. Se atingissem o lado fetal da placenta, muitas proteínas estranhas seriam reconhecidas, desencadeando uma reação imunológica. No entanto, o sincício atua como uma célula gigante, de modo que não haja lacunas para a migração das células imunológicas.[2]

Uma forma de realizar esta tarefa é suprimindo a expressão dos genes HLA-A e HLA-B relacionados com a imunidade, que são classicamente conhecidos por serem expressos por todas as células nucleadas.[3] Esses genes normalmente expressam o ligante MHC-I que atua como um importante mecanismo de ligação para células T. Ao diminuir a tradução destes produtos genéticos, o sinciciotrofoblasto reduz as chances de um ataque do sistema imunológico materno mediado por células T.[3]

O sinciciotrofoblasto secreta progesterona e leptina, além de gonadotrofina coriónica humana (hCG) e lactogênio placentário humano (HPL) ; a hCG previne a degeneração do corpo-lúteo. A progesterona serve para manter a integridade do revestimento uterino e, assim que o sincitiotrofoblasto está maduro o suficiente para secretar progesterona suficiente para sustentar a gravidez (no quarto mês de desenvolvimento embrionário), é auxiliado pelo corpo lúteo gravídico.[4]

Referências

  1. Gonçalves, Fabiana Santos. "Segmentação" no site InfoEscola.com
  2. Zeldovich, Varvara B.; Bakardjiev, Anna I. (9 de agosto de 2012). «Host Defense and Tolerance: Unique Challenges in the Placenta». Public Library of Science (PLoS). PLOS Pathogens. 8 (8): e1002804. ISSN 1553-7374. PMC 3415450Acessível livremente. PMID 22912572. doi:10.1371/journal.ppat.1002804Acessível livremente 
  3. a b Jay Iams; Creasy, Robert K.; Resnik, Robert; Robert Reznik (2004). Maternal-fetal medicine. [S.l.: s.n.] 
  4. Langman's Medical Embryology, 10th Edition. T.W. Sadler. p. 34
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