Sinchi Roca
Sinchi Roca (Quíchua: Sinchi Ruq'a, Guerreiro Valoroso, 1214 - 1260[1]) foi o segundo Sapa Inca e governador de Cusco . Acredita-se que seu governo tenha começado por volta do ano 1230 e terminou em torno do ano 1260. Era filho de Manco Capac, a quem sucedeu, e de Mama Ocllo[2] VidaSinchi Roca foi o primeiro soberano a usar a Mascapaicha (a faixa real, feita com fitas multicoloridas) e batizou como Cusco a cidade fundada por seu pai. Expandiu o Inticancha (ou Coricancha, Templo do Sol) e tornou parte do templo como seu lar.[3] Com a morte de seu pai em 1230, Sinchi Roca se tornou, aos 16 anos de idade,[1] o novo líder e teve que enfrentar uma difícil situação. A cidade que tinha herdado era pequena e indefesa com relação aos seus vizinhos. Como estratégia de pacificação estabeleceu alianças matrimoniais, a começar por casar-se com Mama Coca filha do chefe de Sañoc (atual distrito de San Sebastian), assegurando assim a paz com o povo de seu sogro.[4][1] Para continuar a erguer prédios e alimentar uma nova população, Sinchi Roca teve que drenar os lagos e pântanos do vale, cobrindo-os com grandes lajes e árvores grossas, realizou a canalização dos rios Tullumayo e Huatanay, mandou trazer muitas cargas de terra das montanhas do Antisuyo para transformar os campos estéreis em férteis e para aumentar as áreas agricultáveis mandou construir terraços nas encostas das montanhas feitos de pedra e cobertos com terra.[5] No plano militar, cercou-se de guerreiros leais unidos pelo vínculo da casta e fez uma demonstração de superioridade militar ao organizar uma expedição as terras ao sul do reino, e com essa demonstração de força pode assegurar a tranquilidade do reino por alguns anos além de angariar importantes aliados.[6] Uma das histórias que se conta sobre Sinchi Roca foi que durante seu reinado um pastor de lhamas entrara em sua casa e levou uma jovem que ele queria muito bem. O Inca então mandou capturá-los e o torturou para que contasse porque havia cometido tal pecado; a jovem não querendo ver mais o aldeão ser torturado revelou que se enamorara do lhamamichi (pastor de lhamas) assim que o viu portando um huacanqui (amuleto de amor), e o pastor confessou, por sua vez, que havia recebido tal objeto de um demônio, numa gruta.[7]
Referências
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