SimbióticosO conceito simbiótico, por definição, é “uma mistura compreendendo microrganismos vivos e substrato(s) seletivamente utilizados por microrganismos hospedeiros* que conferem um benefício à saúde do hospedeiro”. Eles podem ser ingredientes alimentares ou suplementos dietéticos. Os simbióticos se dividem em duas categorias: complementares ou sinérgicos. O primeiro se dá por uma condição em que cada componente (prebiótico e probiótico) possui a sua função separadamente. No segundo existe uma relação de sinergia, ou seja, há uma cooperação entre os dois componentes citados. [1] HistóriaDesde o início do século XX já se observava o efeito positivo de prebióticos e probióticos no organismo do homem. Com o passar do tempo e desenvolvimento de pesquisas, a ciência permitiu a criação de simbióticos. Em 1995, os cientistas Marcel Roberfroid e Glenn Gibson introduziram essa ideia em um de seus artigos. De acordo com eles, são "misturas de probióticos e prebióticos que afetam beneficamente o hospedeiro, melhorando a sobrevivência e implantação de suplementos alimentares microbianos vivos no trato gastrointestinal, estimulando seletivamente o crescimento e / ou ativando o metabolismo de um ou de um número limitado de bactérias promotoras da saúde, melhorando assim o bem-estar do hospedeiro ". O termo foi escolhido pela junção do prefixo grego “syn” ( juntos ) e do sufixo “ biótico “ ( pertence à vida ). Embora já evidenciasse um avanço, essa definição foi pouco precisa e gerou um mal entendido, levando a interpretações diversas sobre o que eram os simbióticos e indicando para muitos que é apenas o resultado de um produto feito pela junção de prebióticos e probióticos. Em 2019, houve, então, uma mudança, por meio Associação Científica Internacional para Probióticos e Prebióticos (ISAPP), que reuniu nutricionista, fisiologistas e microbiologistas para revisar essa definição. Com isso, criou-se esse novo significado, que perdura até hoje.[1] ComposiçãoNa produção desses alimentos, é necessária a análise de sua composição e a comprovação de que o uso desses elementos também levam a benefícios ao hospedeiro.[2] Para a fabricação de um simbiótico complementar, leva-se em conta a escolha de um prebiótico - carboidratos não-digeríveis, que utilizados seletivamente, trazem benefícios a saúde intestinal - e um probiótico - microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que comprovadamente exercem efeitos benéficos na saúde de um indivíduo. No caso dos simbióticos sinérgicos, os componentes não são necessariamente prebióticos e probióticos, mas é importante conhecer as propriedades específicas que o substrato possui sobre o microrganismo vivo, garantindo que eles irão funcionar juntos. A escolha do microrganismo é determinada pela sua capacidade de beneficiar o hospedeiro e a do substrato é, por estimular, de modo seletivo, a atividade e o crescimento do microrganismo usado. Nesse caso, essa coadministração permite a variação da interação entre eles.[2] [3] Sendo possível a modulação da cepa probiótica, da oxigenação, do pH e da temperatura no intestino de um determinado organismo. Além disso, promovem mais resistência na passagem pelo trato gastrointestinal.[3] As espécies de microrganismos vivos mais utilizadas são Lactobacillus , Bifidobacterium e Streptococcus. Os substratos são geralmente galacto-oligossacarídeos, inulina ou fruto-oligossacarídeos estando cada um em sua dose necessária previamente testada.[1] Efeitos fisiológicos propostos pelos simbióticosOs simbióticos agem diferente e positivamente diante de diversas condições patológicas. [6] Assim, seus possíveis efeitos fisiológicos são:
Exemplos de composição de um simbiótico
Notas
Referências
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