Seropositivo

Símbolo da solidariedade por soropositvos
Símbolo da solidariedade por soropositvos

Chama-se seropositivo (português europeu) ou soropositivo (português brasileiro) a um indivíduo portador de anticorpos no sangue que provem a presença de um agente infeccioso. O termo é mais usado para descrever a presença do HIV, causador da Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS), no sangue.

Tecnicamente representa a presença do antígeno viral em nível séricos (soro sanguíneo) e pode ser aplicado a qualquer outro antígeno analisado.

Sororreversão é o oposto da seroconversão. Isto é, quando os testes podem não detectar anticorpos no soro de um paciente.[1]

Conversão soronegativa

Até abril de 2020, houve dois casos relatados de indivíduos completamente curados da AIDS. O primeiro caso foi Timothy Ray Brown, conhecido como "o paciente de Berlim", que foi curado em 2007.[2] O segundo foi Adam Castillejo [en], conhecido como "o paciente de Londres", que foi curado em março de 2020. Ambos os pacientes foram curados por meio de transplantes de células-troncos da medula óssea de um doador imune à AIDS devido a uma mutação genética.[3]

Estigma

O estigma associado a pessoas soropositivas torna particularmente mais difícil a vida de crianças que vivem com HIV e de seus cuidadores. O cuidado vai além da dinâmica entre criança e cuidador, estando entrelaçado com a comunidade local e as estruturas do sistema de saúde e de apoio.[4]

Filmes como Filadélfia, que retrata a história de um advogado gay e soropositivo interpretado por Tom Hanks, ajudaram a combater o estigma em relação às pessoas que vivem com HIV e tornaram o tema menos tabu. Como afirma o ativista Gary Bell: "Eu me lembro de toda a repercussão que isso gerou. Acho que a boa notícia foi que o filme fez as pessoas começarem a falar sobre o HIV de uma forma que realmente não faziam antes, porque o HIV sempre foi algo sobre o qual não queríamos falar".[5]

Veja também

Referências

  1. Tantalo et al., JID 2005:191; "Treponema pallidum strain-specific differences in neuroinvasion and clinical phenotype in a rabbit model"
  2. Brown, Timothy (1 de janeiro de 2015). «I Am the Berlin Patient: A Personal Reflection». AIDS Research and Human Retroviruses. 31 (1): 2–3. PMC 4287108Acessível livremente. PMID 25328084. doi:10.1089/aid.2014.0224 
  3. Rettner, Rachael (10 de março de 2020). «UK man becomes second person cured of HIV after 30 months virus-free». Live Science. Consultado em 20 de abril de 2020 
  4. Das, Aritra; Detels, Roger; Javanbakht, Marjan; Panda, Samiran (2017). «Living with HIV in West Bengal, India: perceptions of infected children and their caregivers». AIDS Care. 29 (6): 800–806. PMC 5344765Acessível livremente. PMID 27608501. doi:10.1080/09540121.2016.1227059 
  5. Gordon, Elana (20 de dezembro de 2013). «Two Decades Ago, Tom Hanks and 'Philadelphia' Prompted Changing Attitudes Toward HIV-AIDS». NBC Philadelphia. Consultado em 20 de abril de 2020