Sebastião dos Santos

Tião Macalé
Informações pessoais
Data de nascimento 23 de agosto de 1936
Local de nascimento Niterói, Rio de Janeiro, Brasil
Data da morte 22 de agosto de 1972 (35 anos)
Local da morte Jundiaí, São Paulo, Brasil
Apelido Tião
Tião Macalé
Informações profissionais
Posição meio-campista
Clubes de juventude
1955–1958 Portuguesa-RJ
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1957–1959
1959–1961
1962–1969
1966
1969
1970
1970–1971
Portuguesa-RJ
Botafogo
Guarani
Ferroviária-SP (emp.)
Paulista (emp.)
Caldense (emp.)
União Bandeirante-PR

0055 0000(5)
Seleção nacional
1963 Brasil 0005 0000(0)

Sebastião dos Santos, mais conhecido como Tião Macalé[1] (Niterói, 23 de agosto de 1936Jundiaí, 22 de agosto de 1972), foi um futebolista brasileiro que atuava como meio-campista.[2][3]

Carreira

Tião começou a praticar futebol aos quatorze anos no Santa Cruz, um time amador da região de Niterói.[2] Depois da mudança da família para o bairro de Fonseca, Zona Norte de Niterói, foi aprovado no juvenil do São Januário FC, onde jogava como centroavante.[2] Em seguida, foi encaminhado ao juvenil do Fluminense AC de Niterói, equipe que o projetou para defender o selecionado niteroiense no campeonato do estado do Rio.[2]

No final de 1955, se juntou à Portuguesa do Rio, onde disputou com destaque o campeonato juvenil de 1956, marcando dez gols na competição.[2] No ano seguinte, foi promovido ao time de aspirantes e assinou seu primeiro “contrato de gaveta” para receber 3 mil cruzeiros mensais.[2]

Na temporada de 1957, atuou no elenco principal em algumas oportunidades, mas viria a firmar-se como titular no ano seguinte, sob o comando do técnico Lourival Lorenzi.[2] Com o bom rendimento da Portuguesa durante o Campeonato, foi sondado por Santos, Flamengo e Fluminense, mas acertou com o Botafogo.[2]

Tião Macalé estrearia no Botafogo em 9 de abril, contra o Santos, no Maracanã, em jogo válido pelo Torneio Rio-São Paulo de 1959. Integrou o elenco do Botafogo como meia-de-armação, inicialmente com a reserva de Didi.[4][5][6][7][8] Com a saída do craque ao Real Madrid em 1959, Macalé se tornou titular e participou da campanha de vice-campeão estadual.[4] Em 1961, enfim, seria Campeão Carioca[9][10], se despedindo em 14 de dezembro de 1961, na vitória de 1x0 sobre o Fluminense, pelo Estadual. Pelo Fogão, atuou em 55 jogos e marcou 5 gols.

Em fevereiro de 1962, foi negociado com o Guarani.[2][4][6] Pelo clube[11], reencontrou seu bom futebol e foi convocado pela Seleção Brasileira para a disputa do Campeonato Sul-Americano de 1963.[2][3][12][13][14] Ao todo, fez cinco partidas pela Seleção.[3]

Ficou no Guarani até 1966, quando por empréstimo foi jogar na Ferroviária de Araraquara (SP), onde conquistou o título do campeonato paulista da Segunda Divisão.[2]

Voltou ao Guarani em 1967, começou a conhecer o declínio, provocado por uma vida não regrada fora de campo[5], e foi reserva do volante Hélio Giglioli.[4] Permaneceu no time até o início de 1969, quando novamente foi emprestado, agora para defender o Paulista de Jundiaí[4].[2]

Passou ainda pela Caldense[15] e em 1970, o Guarani negociou seu passe em definitivo com o União Bandeirante (PR)[16][17][18][19], seu último clube.[2]

Títulos

Botafogo

Ferroviária

Morte

Sebastião morreu pobre em Jundiaí (SP) no dia 22 de agosto de 1972, aos 36 anos de idade, vítima de falência múltipla dos órgãos, decorrente de baixa nutrição.[4][5][6]

Referências

  1. Pedrosa, Milton (20 de agosto de 2024). O olho na bola: Coleção "Clássicos da Editora Gol – vol. 5". [S.l.]: @livrosdefutebol 
  2. a b c d e f g h i j k l m tardesdepacaembu (23 de novembro de 2023). «Tião Macalé… assombrado pelo fantasma de Didi». TARDES DE PACAEMBU. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  3. a b c Napoleão, Antonio Carlos; Assaf, Roberto (2006). Seleção brasileira: 1914-2006. [S.l.]: Mauad Editora Ltda 
  4. a b c d e f DevRocket <devrocket.com.br>, Futebol Interior <futebolinterior com br> | (22 de março de 2020). «Tião Macalé, beberrão que correspondia com a camisa do Guarani». Consultado em 17 de outubro de 2024 
  5. a b c «Tião Macalé - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  6. a b c «HISTÓRIAS DA BOLA - Tião Macalé e a expulsão de Ademir da Guia - Diário Campineiro». 3 de julho de 2023. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  7. «Macalé para substituir Didi». Correio da Manhã. 14 de março de 1961. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  8. «Macalé ou Édson». Correio da Manhã. 18 de março de 1961. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  9. a b Assaf, Clóvis Martins e Roberto (7 de dezembro de 2023). História dos Campeonatos Cariocas de Futebol 1906-2023. [S.l.]: Mauad Editora Ltda 
  10. Ribeiro, Péris (6 de junho de 2014). Didi: O gênio da folha seca. [S.l.]: Gryphus Editora 
  11. Cunha, Moisés (28 de junho de 2011). Guarani F. C.: Breve História. [S.l.]: Clube de Autores 
  12. Silva, Edmilson Pereira Da (30 de novembro de 2021). 100% Alviverdes. [S.l.]: Clube de Autores 
  13. Goussinsky, Eugenio; Assumpção, João Carlos (16 de maio de 2014). Deuses da bola: 100 anos da seleção brasileira. [S.l.]: Editora DSOP 
  14. Napoleão, Antonio Carlos; Assaf, Roberto (2006). Seleção brasileira: 1914-2006. [S.l.]: Mauad Editora Ltda 
  15. Abril, Editora (10 de abril de 1970). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  16. Abril, Editora (14 de agosto de 1970). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  17. Abril, Editora (4 de setembro de 1970). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  18. Abril, Editora (9 de abril de 1971). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  19. Abril, Editora (11 de junho de 1971). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril