Salto com vara
Salto com vara(pt-BR) ou salto à vara(pt-PT?) é uma modalidade desportiva de salto do atletismo[1][2] (junto com salto em altura, salto em distância e, salto triplo[3][4]) onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alcançar maior altura e passar por cima de uma barra ou sarrafo.[5] Competições com varas já eram conhecidas na Grécia Antiga, entre os cretenses e os celtas. Foi introduzido como modalidade olímpica desde os primeiros Jogos em Atenas 1896 para os homens e desde Sydney 2000 para as mulheres.[1] Sua originalidade está no fato de ser um esporte que requer uma significativa quantidade de equipamento especializado para ser praticado, tornando-o mais caro que os demais, mesmo em nível básico. Vários saltadores de sucesso na prova tem uma base na ginástica, caso da russa Yelena Isinbayeva e da brasileira Fabiana Murer, o que reflete os atributos físicos similares necessários para os dois esportes.[6] O primeiro campeão olímpico foi o norte-americano William Hoyt, em 1896, e a primeira campeã, 104 anos depois, Stacy Dragila, também dos Estados Unidos. Dragila tinha como base na adolescência ser montadora de cavalos e touros em rodeios na Califórnia.[7] O sueco Armand Duplantis é o recordista mundial e olímpico da modalidade – 6,26 m e 6,25 m. O recorde mundial pertence à russa Yelena Isinbayeva – 5,06 m.[8] Ele é disputado tanto ao ar livre quanto em pista coberta, e os recordes são oficialmente registrados independente da locação aberta ou fechada.[9] HistóriaVaras eram equipamentos usados como meios práticos de atravessar obstáculos naturais como terrenos pantanosos no Noroeste da Europa, em províncias como a Frísia, na Holanda, ao longo do Mar do Norte, e em regiões pantanosas do leste da Inglaterra em torno dos condados de Cambridgeshire, Lincolnshire e Norfolk. Drenagens artificiais nestes locais criaram uma rede de canais e coletores abertos que se cruzavam uns com os outros. Para camponeses e agricultores passarem por estes locais sem se molhar e também evitar longos rodeios pelas pontes, uma pilha de longas e finas varas de salto era mantida em cada casa e usada para saltar sobre os pequenos canais. Assim começaram a fazer competições de salto em distância (não de altura) com estas varas, realizadas anualmente nas terras baixas ao longo do Mar do Norte que são chamadas de fierljeppen[10] (do holandês: “saltando longe”), praticada pelos frísio holandês há mais de 300 anos.[11] Uma das primeiras competições de salto com varas onde a altura foi medida aconteceu no Ulverston Football and Cricket Club, em Lancashire, Inglaterra, em 1843.[7] A competição moderna começou por volta, de 1850 na Alemanha, quando o salto com vara foi adicionado como modalidade para a prática de exercícios em clubes de ginástica e, também na Inglaterra nesta época, onde as competições eram com varas de cinza sólida ou de nogueira com pontas de ferro.[12] A moderna técnica do salto foi desenvolvida nos Estados Unidos no fim do século XIX, onde inicialmente as varas eram feitas de material rígido como bambu – registrado pela primeira vez em 1857 – [12] ou alumínio. A partir do início da década de 1950 ocorreu a introdução de varas feitas de fiberglass e fibra de carbono; usando este novo material, os saltadores começaram a atingir alturas mais elevadas antes inalcançáveis.[13] Em 1985, o ucraniano Sergei Bubka, então competidor da União Soviética, foi o primeiro homem a superar os seis metros.[14] RegrasA pista de corrida para o salto deve medir no mínimo 45 metros e ao fim dela se encontra o obstáculo, uma barra horizontal de 4,5 m de comprimento, 2,260 kg de peso máximo, sustentada por duas traves laterais que a elevam e apoiam à determinada altura. Exatamente ao fim da pista, ao nível do solo e à frente do obstáculo, existe centrada uma caixa de metal ou madeira, com 1 m de comprimento, 60 cm de largura no início e 15 cm junto ao obstáculo. É nela que o saltador apoia a vara para conseguir a impulsão, realizar o salto e ultrapassar o sarrafo.[15] As mesmas regras do salto em altura são aplicadas à vara; o atleta tem três tentativas para saltar a marca, mas pode se recusar saltar determinada altura preferindo esperar por outra maior. Não conseguindo passar a altura depois de três tentativas na mesma altura ou alturas combinadas, é eliminado. Caso empatem na mesma altura final, o desempate é feito pelo número menor de tentativas para superar a altura imediatamente anterior. Caso continue empatado, é analisado o menor número de tentativas em toda a disputa; ainda um empate, a prova então tem um ou mais saltos de desempate até surgir o vencedor.[12] RecordesDe acordo com a World Athletics.[16][17]
Melhores marcas mundiaisAs marcas abaixo incluem outdoor e indoor (i) de acordo com a World Athletics.[18][19] Homens
Mulheres
Melhores marcas olímpicasAs marcas abaixo são da prova ao ar livre, a única olímpica, e são de acordo com o Comitê Olímpico Internacional – COI.[20] Homens
Mulheres
* Devido à suspensão da Federação Russa como nação das Olimpíadas por problemas de doping, a russa Anzhelika Sidorova competiu em Tóquio 2020 pela bandeira do Comitê Olímpico Russo. Marcas da lusofonia
Referências
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