Salimbene Nota: Para a comuna italiana, veja Valle Salimbene.
Salimbene di Adam ou Salimbene de Parma (Parma, 9 de outubro de 1221 – San Polo d'Enza, c. 1290)[1] foi um frei franciscano e importante historiador que registrou a história da Itália e França no século XIII. Seu nome de batismo é Ognibene di Guido di Adamo. BiografiaSalimbene nasceu em 9 de Outubro de 1221 e morreu circa 1290 em Parma na Itália, filho de Guido di Adam, rico morador de Parma que lutou nas cruzadas.[1] Contrariando os desejos paternos, Salimbene filiou-se aos Franciscanos em 1238 no convento de Fano (na costa do mar Adriático), mas nunca ocupou cargo de relevância na ordem. Seu pai repetidas vezes tentou retirá-lo da ordem Franciscana à força.[2] Salimbene foi transferido entre muitos conventos, dentre os quais Pisa, Lião (1247), Paris, Ferrara (1249 a 1256), Cremona, Troyes, Florença, Ravena, Gênova (1249), Régio e Montefalcone (mosteiro em San Polo d'Enza), onde provavelmente faleceu com cerca de 70 anos de idade. EscritosSabe-se que uma parcela significativa da obra de Salimbene se perdeu. O mais importante dos seus trabalhos que sobreviveu são as crônicas organizadas por data (Chronicon), que documentam o período entre 1167 e 1287.[3][4] Essa obra foi iniciada em 1282, mas começa descrevendo a fundação de Alessandria no norte da Itália (Lissandria no dialeto Piemontês) um século antes. Salimbene trabalho na Cronica até sua morte. O manuscrito foi descoberto no século XVIII e transferido para a biblioteca do Vaticano, onde ainda se encontra.[5][6] Salimbene também escreveu "As Doze Calamidades do Emperador Frederico II" (XII scelera Friderici imperatoris). Essa obra é escrita no estilo Exempla, sob a perspectiva de um servo, registrando as falhas do imperador. Desenvolvendo um paralelo algo forçado entre as dez pragas descritas no livro do Êxodo e dez atitudes do imperador, Salimbene conclui com um dito popular entre os cruzados: "Ele (Frederico II) teria sido um excelente governante, se fosse cristão".[7] Edições do Cronica
InfluênciaA perambulação por várias cidades proporcionou a Salimbene rico material para documentar vividamente o quotidiano político e eclesiástico de seu tempo. Seu trabalho documenta o ambiente político na poderosa ordem Franciscana. Em suas muitas viagens, Salimbene conheceu importantes figuras contemporâneas, tais como o imperador Frederico II do Sacro Império Romano-Germânico, Luís IX da França e o papa Inocêncio IV. Salimbene foi seguidor das ideias apocalípticas de Joaquim de Fiore, e muitos dos seus escritos apresentam ideias de numerologia.[8] Pela riqueza de detalhes e pela fidedignidade do material primário, Salimbene é importante fonte referencial sobre a história da Itália e França no período. Referência
Ligações externas
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