Sabrosa é uma freguesia portuguesa do município de Sabrosa, com 8,68 km² de área[1] e 1130 habitantes (censo de 2021)[2] A sua densidade populacional é 130,2 hab./km².
Sabrosa é a sede do concelho e dista 21 Km de Vila Real, ficando encostada à Serra do Criveiro.
Há duas versões quanto ao aparecimento da palavra Sabrosa: 1) do adjetivo sabulosus (terras com saibro ou arenosas), 2) do adjetivo saborosus (das águas e frutos saborosos).
Durante o domínio romano, Sabrosa pertenceu à circunscrição de Panóias. Teve carta de foral de D. Sancho I de Portugal a 1 de Maio de 1196 e pertenceu ao Arcebispado de Braga.
Esta Freguesia, como Sede de Concelho, está bem apetrechada quanto a serviços beneficiando de recolha de lixo, rede pública de abastecimento de água e de águas residuais, centro de dia, centro de saúde, farmácia, Estação de Correio, escolas do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e Secundário, Biblioteca Municipal e minimercado. É também aqui que se encontra a sede dos Bombeiros Voluntários de Sabrosa.
A freguesia de Sabrosa exibe várias casas senhoriais tais como o edifício da Câmara Municipal, antigo solar brasonado da família de Barros Lobo (séc. XVIII). Podemos ainda conhecer a Casa da Comba com capela e brasão, a Casa dos Teixeira Lobo e a Casa dos Arcos, ambas brasonadas, a Casa dos Canavarros, o mais imponente e maior solar de Sabrosa e onde actualmente funciona o Hotel Quality Inn, a Casa da Capela que pertenceu à família Pinto Pizarro da Gama Lobo, a Casa Azeredo com capela privada, a Casa da Pereira, onde nasceu Fernão de Magalhães, e que foi construída no século XV (possui uma janela decorada com dois pequenos padrões, em alto relevo e duas rosas dos ventos), a Casa dos Marinho que é a mais antiga casa brasonada de Sabrosa a seguir à de Fernão de Magalhães, a Casa do Largo da Igreja com as suas janelas manuelinas e a Casa dos de Barros Lobo, datada do século XVIII e que continua na posse dos descendentes.
Sabrosa possui ainda uma belíssima Igreja Matriz em estilo barroco, que foi construída no século XVIII no lugar da anterior e onde existia a Capela de Fernão de Magalhães, a qual ele refere no seu testamento. Na Igreja Matriz podemos encontrar também algumas obras de arte sacra, como o Retábulo da Capela-mor, o Órgão monumental e a Sagrada Custódia.
Sabrosa têm também vestígios arqueológicos, dos quais se destaca o Castro de Sabrosa situado a 2 km da Vila, datado da Idade do Ferro foi depois ocupado pelos romanos. Podemos encontrar ainda duas pequenas mamoas, vestígios do Neolítico, junto à Capela de Santa Bárbara.
Demografia
A população registada nos censos foi:[2]
População da freguesia de Sabrosa[3] |
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Ano | Pop. | ±% |
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1864 | 1 247 | — |
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1878 | 1 269 | +1.8% |
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1890 | 1 404 | +10.6% |
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1900 | 1 908 | +35.9% |
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1911 | 1 330 | −30.3% |
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1920 | 1 139 | −14.4% |
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1930 | 1 330 | +16.8% |
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1940 | 1 424 | +7.1% |
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1950 | 1 474 | +3.5% |
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1960 | 1 393 | −5.5% |
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1970 | 957 | −31.3% |
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1981 | 1 230 | +28.5% |
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1991 | 1 069 | −13.1% |
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2001 | 1 189 | +11.2% |
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2011 | 1 202 | +1.1% |
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2021 | 1 130 | −6.0% |
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Distribuição da População por Grupos Etários[4]
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Ano
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0-14 Anos
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15-24 Anos
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25-64 Anos
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> 65 Anos
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2001
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192
|
166
|
612
|
219
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2011
|
170
|
145
|
646
|
241
|
2021
|
125
|
122
|
568
|
315
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Património
- Casa Azeredo, edifício dos fins do século XVI e uma parte dos inicios do XVII, capela do século XVII (1615)
- Casa da Pereira, edifício onde nasceu Fernão de Magalhães
- Marco granítico N.º 47
- Castro de Sabrosa ou Castelo dos Mouros
- Casa dos de Barros (Casa dos Sete Generais)
- Solar dos Canavarro (Hotel)
- Igreja Matriz (com Altar-Mor em talha dourada do século XVIII)
- Quinta da Capela
- Casa dos de Almeida dos finais do século XVIII e finais do século XIX, com capela interior dedicada a Santa Maria e traça romântica (Casa Fundadora dos Bombeiros Voluntários de Sabrosa)
- Quinta da Comba
- Edifício dos Paços do Concelho
- Edifício da Junta de Freguesia
- Capela de São Roque
Personalidades ilustres
Referências