Síndrome do piriforme
Síndrome do piriforme é uma doença neuromuscular caracterizada pela compressão (encarceramento) do nervo ciático pelo músculo piriforme, causando dor, formigamento e dormência nas nádegas e ao longo do trajeto do nervo ciático pela perna. Muitas vezes os sintomas são agravados ao se sentar ou correr.[1] É uma das causas da lesão do nervo ciático (CID-10 G57.0 e S74.0), sendo três vezes mais comum em mulheres, e atinge entre 5 e 36% dos adultos com dor crônica nas costas.[2] Uma história médica completa e exame físico são essenciais para o diagnóstico adequado. Exames complementares podem ser usados para diferenciar a síndrome do piriforme de outras causas de ciática, fraqueza nos membros inferiores e dor. O tratamento pode incluir exercícios, alongamentos, fisioterapia, acupuntura, toxina botulínica e medicamentos, como analgésicos, relaxantes musculares e esteróides.[3] CausaA contração excessiva ou espasmo do piriforme pode ser causada por atividade excessiva ou lesão do local. Estima-se que 17% das pessoas tem o nervo ciático atravessando o piriforme, ao invés de apenas passando por baixo, porém o efeito dessa anatomia na doença é questionável. É um problema mais comum entre ciclistas, corredores e outros esportistas que exercitam muito as pernas.[4] DiagnósticoO diagnóstico é muitas vezes difícil, podendo ser feito de duas formas: por exame eletrofisiológico, conhecido como FAIR, que mede atraso na conduções do nervo ciático quando o músculo piriforme é esticado contra ele ou por ressonância magnética neurográfica, uma versão sofisticada de ressonância magnética, que destaca a inflamação e os próprios nervos. O critério mais importante para esse diagnóstico é a exclusão de dor ciática por conta da compressão/irritação das raízes nervosas (raízes lombossacrais) a nível da coluna vertebral, por uma hérnia de disco.[5] TratamentoAlívio da dor muscular e nervosa pode ser obtido com o uso de uma pomada anti-inflamatória ou de relaxante muscular na parte medial superior da perna. Alongamentos específicos, repouso e massagem também podem ajudar. Alguns médicos recomendam imobilizar o local até a dor passar. Em casos crônicos são recomendados exercícios para fortalecer os músculos adutores e rotadores do glúteo.[6] Caso não seja suficiente, outras opções incluem injeções de corticosteroides, imobilização do músculos com toxina botulínica ou uso de analgésicos mais fortes, como lidocaína.[7] Raramente necessita de cirurgia para ressecar o músculo e descompressar o nervo. Referências
|