Síndrome de ParisSíndrome de Paris é um distúrbio psicológico transitório exibido por alguns indivíduos que visitam Paris ou outro local da Europa Ocidental decorrente do choque extremo ao descobrir que o local visitado não é aquilo que fora idealizado. É caracterizada por uma série de sintomas psiquiátricos, como estado agudo de delírio, alucinações, sentimentos de perseguição (percepção de ser vítima de preconceito, agressão ou hostilidade dos outros), desrealização, despersonalização, ansiedade, e também manifestações psicossomáticas, tais como tontura, taquicardia, sudorese, e outros.[1] Síndromes similares incluem Síndrome de Jerusalém e Síndrome de Stendhal. A condição é comumente vista como uma forma grave de choque cultural. HistóriaO professor Hiroaki Ota, foi um psiquiatra japonês que trabalhou na França, e é creditado como a primeira pessoa a diagnosticar a doença, em 1986.[2] No entanto, mais tarde o trabalho feito por Youcef Mahmoudia, médico do hospital Hôtel-Dieu de Paris, indica que a síndrome de Paris é "uma manifestação de psicopatologia relacionada à viagem, ao invés de uma síndrome do viajante".[3] Ele teorizou que a excitação resultante de visitar Paris faz com que o coração a acelerar, causando tontura e falta de ar, o que resulta em alucinações na forma semelhante à Síndrome de Stendhal descrito pelo psiquiatra italiano Graziella Magherini em seu livro La sindrome di Stendhal.[4] CausasOs autores do artigo para a revista de psiquiatria francesa nervuré, citam como fatores contributivos para a síndrome nos japoneses:[carece de fontes]
SusceptibilidadeVisitantes japoneses são observados por serem especialmente suscetíveis.[2][5] Foi observado pela primeira vez pela nervuré, a revista francesa de psiquiatria, em 2004.[6] Dos estimados seis milhões de visitantes anuais, o número de casos relatados não é significativo: de acordo com um administrador na embaixada japonesa na França, cerca de vinte turistas japoneses por ano são afetadas pela síndrome.[7] A suscetibilidade do povo japonês pode estar ligada à popularidade de Paris na cultura japonesa, nomeadamente a imagem idealizada de Paris prevalente na publicidade japonesa. Mario Renoux, o presidente da Associação Médica franco-japonesa, afirma ao Libération: "Des Japonais entre mal du pays et mal de Paris" ("Alguns japoneses então entre a saudade de casa e a síndrome de Paris", em 13 de Dezembro de 2004) que revistas (japonesas) são os principais responsáveis pela criação desta síndrome. Renoux indica que a mídia japonesa, revistas em particular, muitas vezes retratam Paris como um lugar onde a maioria das pessoas ao olharem na rua vão ver modelos magérrimas e a maioria das mulheres se vestem de alta moda marcas como Louis Vuitton,[8] enquanto que na realidade francesa as marcas de moda são principalmente para consumidores estrangeiros, e a população francesa é muito mais acima do peso do que a população japonesa. A partir de 2004, a embaixada japonesa fornece uma linha de ajuda 24 horas por dia para ajudar turistas japoneses que sofrem desta condição. A embaixada também informou que, neste momento, em média, doze pessoas sofreram com a doença anualmente.[9] Veja tambémBibliografia
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