Ryan O'Neal
Charles Patrick Ryan O'Neal (Los Angeles, 20 de abril de 1941 – 8 de dezembro de 2023)[1] foi um ator e ex-boxeador norte-americano. O'Neal treinava como boxeador amador antes de iniciar sua carreira artística em 1960. Em 1964, conseguiu o papel de Rodney Harrington na novela da ABC, Peyton Place. A série foi um sucesso instantâneo e impulsionou a carreira de O'Neal. Mais tarde, ele encontrou sucesso no cinema, mais notavelmente nos filmes Love Story (1970), pelo qual recebeu indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Ator; What's Up, Doc? (1972) e Lua de Papel (1973), de Peter Bogdanovich, Barry Lyndon (1975), de Stanley Kubrick, e Uma Ponte Longe Demais (1977), de Richard Attenborough. De 2005 a 2017, O'Neal teve um papel recorrente na série de TV da FOX, Bones, como Max, pai da protagonista. O'Neal morreu no dia 7 de dezembro de 2023 aos 82 anos.[2] BiografiaO'Neal nasceu em Los Angeles, no estado da Califórnia, em 1941, sendo o filho mais velho da atriz Patricia Ruth Olga (nascida Callaghan; 1907–2003) e o romancista e roteirista Charles O'Neal. Seu pai era descendente de irlandeses e ingleses, enquanto sua mãe era de ascendência irlandesa por parte de pai e judaica asquenazita por parte de mãe.[3] Seu irmão, Kevin, é ator e roteirista.[4] O'Neal frequentou a escola secundária University High School, em Los Angeles, e lá ele treinava para se tornar um boxeador da Golden Gloves. Durante o final dos anos 50, seu pai trabalhava como roteirista em uma série de televisão chamada Citizen Soldier, e se mudou com a família para Munique, na Alemanha, onde O'Neal frequentou a Munich American High School. CarreiraPapéis televisivos e primeiros trabalhosNa Alemanha, O'Neal estava tendo dificuldades na escola então sua mãe pediu alguns favores e lhe conseguisse um emprego como substituto no programa Tales of the Vikings, que estava sendo filmado na área. Ali, O'Neal trabalhou como figurante e dublê e pegou gosto pela atuação.[5][6] O'Neal voltou para os Estados Unidos e tentou fazer sucesso como ator. Estreou na televisão como convidado em The Many Loves of Dobie Gillis, no episódio "The Hunger Strike", em 1960. Este foi seguido por participações em The Untouchables, General Electric Theater, The DuPont Show with June Allyson, Laramie, Two Faces West, Westinghouse Playhouse (diversos episódios), Bachelor Father, My Three Sons, e The Virginian. O'Neal estava sob contrato com a Universal, mas eles o deixaram caducar.[7] 1962–1963: EmpireDe 1962 a 1963, O'Neal trabalhou na série da NBC, Empire, um faroeste moderno, que teve a duração de 33 episódios,[6] onde viveu "Tal Garrett", personagem de apoio ao personagem do ator Richard Egan.[8] Em 1963, a série foi relançada como Redigo, mas O'Neal recusou a chance de reviver seu papel.[7] Quando a série terminou, O'Neal voltou a participar como convidado em programas como Perry Mason e Wagon Train.[9] 1964–1969: Peyton Place e The Big BounceEm 1964 ele foi escalado como Rodney Harrington na série dramática do horário nobre Peyton Place. O'Neal disse que conseguiu o papel porque "o estúdio estava à procura de um jovem Doug McClure".[10] A série foi um grande sucesso, e tornou famosos os membros do elenco, incluindo O'Neal. Vários deles receberam ofertas de papéis no cinema, incluindo Mia Farrow, Rosemary's Baby (1968), e Barbara Parkins, O Vale das Bonecas (1967), e O'Neal estava ansioso para fazer filmes.[11] Durante a exibição da série, O'Neal apareceu no piloto de uma possível futura série, European Eye (1968).[12] Ele também foi contratado pela ABC como artista musical.[13] O primeiro papel principal de O'Neal em um longa-metragem veio com The Big Bounce (1969), baseado em um romance de Elmore Leonard. Em 1969, ele apareceu em uma versão para TV de Under the Yum Yum Tree (1963). A seguir, ele interpretou um atleta olímpico em The Games (1970). Nenhum dos dois filmes foi particularmente bem-sucedido. 1970–1973: Love Story, What's Up, Doc? e Lua de PapelEm 1970, ele interpretou um atleta olímpico em The Games. O filme fora co-escrito por Erich Segal, que recomendou O'Neal para o papel principal em Love Story (1970), baseado no romance e roteiro de Segal. Vários atores haviam recusado o papel, incluindo Beau Bridges e Jon Voight, antes dele ser oferecido a O'Neal. Seu pagamento era de US $25.000; ele disse que tinha uma oferta que pagava cinco vezes mais para aparecer em um filme de Jerry Lewis, mas O'Neal sabia que Love Story era o prospecto melhor e o escolheu.[14] O chefe do estúdio Paramount, Robert Evans, que era casado com a protagonista do filme, Ali MacGraw, disse que eles testaram outros 14 atores, mas nenhum se comparou a O'Neal; ele disse que o papel era "um papel estilo Cary Grant - um protagonista bonito e com muita emoção".[15] "Espero que os jovens gostem", disse O'Neal antes do lançamento do filme. "Eu não quero voltar para a TV. Não quero voltar àquelas convenções da Associação Nacional de Emissoras".[14] Love Story acabou tornando-se um fenômeno de bilheteria. Isso fez de O'Neal uma estrela e lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator, embora O'Neal não tenha gostado de nunca ter ganho nenhuma porcentagem dos lucros, ao contrário da co-estrela Ali MacGraw.[16][17] Entre a produção e o lançamento do filme, O'Neal apareceu em um telefilme escrito por Eric Ambler, Love Hate Love (1971), o qual recebeu boas notas. Ele também fez um faroeste, Wild Rovers (1971), com William Holden e direção de Blake Edwards. Wild Rovers, mal editado pela MGM, foi consideravelmente menos popular que Love Story. O'Neal iria fazer outro filme para a MGM, Deadly Honeymoon, baseado em um romance de Larry Block,[18] no entanto, O'Neal desistiu. Peter Bogdanovich disse mais tarde que o diretor da MGM, Jim Aubrey, foi "cruel" com O'Neal.[19] O'Neal também foi procurado pelo diretor Nic Roeg para fazer par com Julie Christie em uma adaptação de Den afrikanske Farm, o qual nunca foi feito.[20] Em vez disso, O'Neal estrelou a comédia maluca What's Up, Doc? (1972), dirigida por Bogdanovich, fazendo par com Barbra Streisand. O filme foi a terceira maior bilheteria de 1972, e levou-o a receber uma oferta para estrelar um filme de Stanley Kubrick, Barry Lyndon (1975). Enquanto o filme estava em fase de pré-produção, O'Neal interpretou um ladrão de joias em The Thief Who Came to Dinner (1972), contracenando com Jacqueline Bisset e Warren Oates. Em seguida, ele trabalhou novamente com Bogdanovich em Lua de Papel (1973), no qual estrelou ao lado de sua filha Tatum O'Neal. Tatum ganhou um Oscar por sua atuação no popular filme, e em 1973, Ryan O'Neal foi eleito pelos cinemas como a segunda estrela mais popular do país, atrás apenas de Clint Eastwood.[21] FilmografiaCinema
Televisão
Prêmios e indicações
Referências
Ligações externas
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