Rubens Salles
Rubens de Moraes Salles (São Manuel, 14 de outubro de 1891 — São Paulo, 21 de julho de 1934) foi um futebolista brasileiro e segundo treinador do São Paulo, de 1931 a 1932 e o primeiro treinador da Seleção Brasileira de Futebol HistóriaRubens de Morais Salles nasceu no dia 14 de outubro de 1891, na cidade de São Manuel, filho de José Pedroso de Moraes Salles e Maria Izabel Coutinho Salles. Tinha como irmãos Mario, Octavio, Laura, Julieta, Ibanez, Ruth, José e Fernão. Era casado com Maria de Almeida Prado Salles com quem teve as filhas Maria Lina e Helena, uma nadadora olímpica de 1936. Seu irmão, Fernão Salles, é considerado herói da Revolução Constitucionalista de 1932, em que foi morto em combate nas primeiras semanas do conflito. Rubens, assim como o irmão, também atuou como voluntário no levante.[1][2][3] O esgotamento pela guerra e a perda do irmão foram considerados fatores decisivos para que ele, debilitado, morresse apenas dois anos depois.[3] Rubens Salles foi considerado o primeiro ídolo do futebol brasileiro na primeira metade da década de 1910, sendo depois superado por Arthur Friedenreich. "Seu nome, como futebolista, chegou a ser de uma grande popularidade, designando-se com ele determinados lances desse esporte", escreveu o jornal O Estado de S. Paulo.[3] No início não levava muito jeito para o futebol, mas insistiu e acabou marcando época no futebol brasileiro como "center-half" (centromédio). Sua estreia no Paulistano foi em 1906, depois de passar pelas equipes infantis, de 1902 a 1904. Em 1907 era titular do Paulistano, e em 1908 foi campeão. Sua especialidade eram os passes em profundidade, com os quais surpreendia seus adversários. Em 1914, esteve na primeira Seleção Brasileira, formada para enfrentar o Exeter City, e marcou o primeiro gol do time em jogos oficiais, na vitória por 1 a 0 sobre a Argentina, pela Copa Roca de 1914, também a primeira vitória brasileira fora do país.[4] Sua primeira experiência como técnico foi nesses jogos, ao lado de Sylvio Lagreca em uma comissão. Aos 29 anos, em 1920, abandonou o futebol, mas não os campos, passando a atuar como árbitro. Em 1931, passou a trabalhar como técnico, dirigindo o São Paulo naquela temporada e ajudando o clube a ganhar o Campeonato Paulista.[5] Rubens morreu em 21 de julho de 1934.[2] "O desaparecimento, depois de breve enfermidade, dessa simpática figura paulistana, tão ligada à nossa vida nas suas mais belas manifestações de energia e de civismo, causou em todos os meios desta capital profunda consternação", escreveu o Estadão em seu obituário. "O desenvolvimento esportivo da nossa gente deve-lhe muito. Passou a sua esplêndida mocidade nos campos de futebol, comunicando ao país inteiro o seu entusiasmo. Foi um nome nacional. Chegou mesmo a transpor as divisas de nossa terra e colher louros da vitória em competições esportivas realizadas no estrangeiro."[3] ArtilheiroFoi artilheiro do Campeonato Paulista de 1910, jogando pelo Paulistano com dez gols. TítulosComo jogadorComo técnicoReferências
Ligações externas
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