Romanização do governo de Macau
A romanização do governo de Macau refere-se ao sistema mais coerente da romanização do cantonense, utilizado pelo governo de Macau e por outras organizações não governamentais estabelecidas na Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China. O sistema é utilizado pelo governo de Macau desde a administração portuguesa no território, e continua sendo utilizado na atualidade mesmo após a transferência da soberania de Macau em 1999. De forma semelhante ao sistema de romanização do governo de Hong Kong, o método não está completamente normalizado, e como tal não é ensinado nas escolas, mas sim empregado por agências governamentais para exibir com precisão a pronúncia correta do cantonense no uso oficial e na sinalização pública.[1] A romanização do governo de Macau utiliza uma convenção similar à do governo de Hong Kong, sendo baseada na pronúncia da língua portuguesa, em vez da língua inglesa, dada a história colonial de Macau.[2] Portanto, as duas normas governamentais possuem diferentes ortografias para a mesma pronúncia do cantonense. UsoDurante o período colonial de Macau, o governo português não possuía uma forma coerente de romanizar o cantonense para a língua portuguesa, mas adotou uma norma de facto para a transliteração dos nomes próprios, como os locais geográficos e apelidos. A publicação de 1985, Silabário Codificado de Romanização do Cantonense (em chinês: 密碼及廣州音譯音之字音表), criou uma tabela fonética e um gráfico tonal do cantonense, com base na fonologia da língua portuguesa, e posteriormente serviu de base para a romanização do cantonense para o português. Antes desta adoção, as pessoas que estudavam ou realizavam operações nas proximidades de Hong Kong durante o domínio britânico, utilizavam uma transliteração baseada no inglês de Hong Kong para romanizar o cantonense.[3][4] OrtografiaEmbora não esteja oficialmente normalizado, o sistema de romanização do governo de Macau adota mais ou menos as normas coerentes e utiliza o alfabeto português como base. Esta circunstância resulta na substituição das letras encontradas em outros métodos de romanização do cantonense para os equivalentes portugueses mais próximos, como a letra 'v' para 'w' (/w/). Todos os tons e distinções entre as vogais longas e curtas são omitidos, tal como acontece com o sistema utilizado pelo governo de Hong Kong.[5] Consoantes
Nota: *Denota uma norma não governamental, mas pode ser utilizada como uma alternativa. Vogais, ditongos e consoantes silábicas
Referências
Bibliografia
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