Rodolfo Ghioldi
Rodolfo Ghioldi (21 de janeiro de 1897 — 3 de julho de 1985) foi um político argentino, dirigente do Partido Comunista da Argentina e representante do Secretariado Sul-Americano da Internacional Comunista. BiografiaMilitante do Partido Socialista da Argentina, Rodolfo Ghioldi foi um dos militantes que fundaram o Partido Comunista, originalmente chamado 'Partido Socialista Internacional, um dos primeiros que se organizaram após a Revolução Russa de 1917. Rodolfo Ghioldi foi eleito vice-presidente da Federación de Juventudes Socialistas (hoje Federación Juvenil Comunista de la Argentina) em 21 de agosto de 1917. [1] Rodolfo Ghioldi era docente, profissão que exerceu alguns anos, demitido em 1919 e depois definitivamente em 1921 [2] por causa de sua militância. Posteriormente se dedicou ao jornalismo, publicando artigos para El Telégrafo e para o Diario Crítica. Mais tarde estes artigos foram recompilados na antologia em quatro tomos Escritos [3], estes artigos tratam de assuntos muito variados, desde a crítica filosófica, até temas militares, políticos, historiográficos, etc. Existe em todos eles um motivo central que lhes da unidade: a luta necessária contra a dependência imperialista e a enunciação -teórica- da luta pela libertação nacional. Um dos marcos em sua vida foi sua primeira viagem a Moscou em 1921 como delegado do recentemente criado Partido Comunista da Argentina, ao Terceiro Congresso da Internacional Comunista, nesta viagem conheceu pessoalmente Lenin.[2] Foi representante do Secretariado Sul-Americano da Internacional Comunista. E nesta condição veio ao Brasil em 1923 por encargo da Internacional Comunista para averiguar se o Partido Comunista Brasileiro já estaria em condições de entrar para a Internacional.[2] Ghioldi conheceu Luís Carlos Prestes na Argentina, pais onde o então líder tenentista fora depois de se autoexilar na Bolívia, lá juntos estudaram as obras marxistas e socialistas/comunistas, também desenvolveram algumas ideias próprias. Muitas vezes quando questionado por conhecidos argentinos por ter ido lutar no Brasil e não em sua terra natal, Rodolfo Ghioldi dizia que não era uma questão de orgulho argentino ou brasileiro, e sim de orgulho operário e latino-americano, e também do sonho de uma sociedade mais justa, o militante argentino também defendia a risca a integração sul e latino-americana. Participou junto com Arthur Ernest Ewert (Harry Berger), Luís Carlos Prestes e Miranda do grupo que em nome do PCB e da ANL, preparou e dirigiu a Intentona Comunista em 1935, uma sublevação para derrubar o regime de Getúlio Vargas [4] (país onde estava exiliado pela ameaça a sua vida na Argentina naquela época). O levante comunista brasileiro fracassou, Ghioldicumpre 4 anos e 4 meses de detenção na ilha de Fernando de Noronha. Em 1940 é libertado e regressa à Argentina.[5][2] Em 1943 Ghioldi começa a organizar uma ampla coalizão antifascista democrática e popular, mas ela foi frustrada pelo golpe de 4 de junho. Em 1951 sofre um atentado. Em 1957 participa da Assembleia Constituinte como representante de Santa Fé que derrogou a constituição peronista de 1949. Ghioldi morreu em 4 de agosto de 1985, curiosamente o ano do fim da ditadura militar brasileira, que foi também marcada por vários focos de resistências nacionalistas-socialistas em vários cantos do país. Ghioldi permaneceu na militância até sua morte, em parte testemunha da queda do estalinismo que tanto havia idealizado, pelo que havia lutado e pelo esfacelamento de seu amado partido. Bibliografia
Referências
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