Roberto Petto Gomes
Roberto Petto Gomes, conhecido popularmente apenas como Petto (Limeira, 18 de maio de 1960)[1] é um médico e político brasileiro, prefeito do município de Teresópolis entre 2003 e 2008 e vice entre 2001 e 2003. Atualmente é Secretário de Saúde de Guapimirim,[2] além de já ter exercido outras funções, como chefe do Instituto Médico Legal (IML) de Teresópolis, diretor do Hospital das Clínicas de Teresópolis (HCT), secretário de Saúde e professor no curso de medicina na Unifeso. Roberto Petto iniciou sua carreira política em 1996, ao disputar as eleições municipais de Teresóplis como prefeito pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Com o slogan "Acorda, Terê", Petto surpreendeu com 20.966 votos, porém foi derrotado pelo candidato Mário Tricano. No ano 2000, disputou as eleições municipais daquele ano como vice-prefeito na chapa de Mário Tricano pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que foi eleita com 39 mil votos. Três anos após a eleição Tricano renunciou a prefeitura e, na qualidade de vice, Petto assumiu o governo para cumprir o mandato. Ao assumir a prefeitura, Roberto Petto implementou diversas mudanças na gestão da cidade. Tais mudanças refletiram positivamente na cidade, impulsionando sua campanha às eleições municipais de 2004, quando candidatou-se a prefeito pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) em chapa com Afaf Ribeiro como vice-prefeita, que havia antecedido seu cargo de vice no mandato de Tricano entre 1997 e 2001. Petto recebeu 35.585 votos, vencendo por ampla vantagem seus concorrentes. Durante seus governos, o turismo, a educação e o funcionalismo público tiveram destaque. BiografiaProfissional e políticaRoberto Petto nasceu no município de Limeira, localizado no estado de São Paulo, em 18 de maio de 1960. Com ensino superior completo, exerce a função de médico, com especialização em urologia.[3] Ingressou na carreira política em 1996, no município de Teresópolis, interior do Rio de Janeiro, como candidato a prefeito pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Ficou marcado por sua campanha com o slogan "Acorda, Terê", e com 20.966 votos assumiu o terceiro lugar neste pleito, com pequena diferença para os primeiros candidatos. No ano de 2000, aliou-se a Mário de Oliveira Tricano para as eleições municipais daquele ano pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDC). A chapa Tricano/Petto foi eleita com 39.976 votos (dos 99.491 que votaram naquela ocasião). A posse ocorreu em 1 de janeiro do ano seguinte, sendo Petto o vice-prefeito de Tricano. No entanto, Tricano viria a renunciar em abril de 2003, e sob a qualidade de vice-prefeito, Petto assumiu a prefeitura de Teresópolis, cumprindo o mandato até o fim, governando por um ano e oito meses.[4] Em 2004, ainda cumprindo seu primeiro mandato como vice-prefeito na condição de prefeito, Petto lançou sua candidatura oficial à Prefeitura de Teresópolis, montando sua chapa junto com Afaf Francis Ribeiro, que já tinha sido vice-prefeita de Tricano entre 1997 e 2001, chegando a assumir a prefeitura por alguns meses, em caso parecido com o de Petto. Petto, agora filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) foi eleito com cerca de 35.585 votos dos 94.292 válidos, vencendo por ampla vantagem sobre o segundo colocado, o ex-prefeito Celso Dalmaso, que obteve 21.368 votos, e sobre o futuro prefeito Jorge Mário, que obteve 18.885 votos e que viria a substituir Petto quatro anos depois.[5][6] Prefeito de Teresópolis (2005—2009)Um dos primeiros problemas enfrentados pelo governo foi a favelização. Petto anunciou a construção de 50 casas populares com custo de 650 mil reais para tentar amenizar o problema. Segundo um levantamento do IBGE, Teresópolis possuía cerca de 24% da população vivendo nas favelas, índice maior que o da capital do estado.[7] Petto reformulou sua equipe de secretários, que passou por pequenas mudanças, em 3 de janeiro de 2006. A equipe que permaneceu inclui Luiz Cláudio da Costa (Administração), Sandro Dias (Agricultura), Sidley Fernandes Pereira (Assistência Judiciária e Assessoria Jurídica), Lisemara Guedes (Comunicação Social), Fábio Cunha Cardoso (Controle Interno), Paulo Roberto Pinheiro (Defesa Civil), Noel Teixeira (Fazenda), Israel dos Santos Couto (Gestão de Pessoal), Jorge Farah (Indústria e Comércio), Anderson da Conceição Silva (Meio Ambiente), Antônio de Pádua dos Santos (Obras), Elso Heleno Borges Carvalho (Planejamento), Rosângela Bragança de Pina (Procuradora Geral), Roberto Lenzi (Serviços Públicos) e Aniko Santos (Turismo). Os novos secretários municipais foram Iracema Toledo Braga (Desenvolvimento Social), Maria do Rosário Grandini Carneiro (Educação), Mário Silva e de Saúde (Esportes e Lazer) e Paulo Camandaroba (Saúde).[8] O setor de educação foi uma das prioridades escolhidas. Durante os dias 3, 4 e 5 de julho de 2006, Roberto Petto inaugurou e reformou sete escolas e quatro creches, além de padronizar os uniformes, dentro dos festejos em decorrência dos 115 anos de Teresópolis.[9][10] Um marco de sua administração foi a reforma e modernização do Ginásio Poliesportivo Pedro Jahara, conhecido popularmente como 'Pedrão', 25 anos após sua inauguração, em 2007.[11] A reforma promoveu o Desafio Internacional de Futsal entre Brasil e Uruguai, dando destaque a Teresópolis no cenário esportivo e turístico.[12] Outro destaque da administração Petto foi a ornamentação de Natal, coordenada pela primeira-dama Edna Petto.[13][14][15] O Natal na cidade ganhou destaque à época e Teresópolis chegou a ser colocada numa lista de 27 roteiros para o Natal, da Folha de S. Paulo.[16] O fim de mandato de Petto se deu em 1 de janeiro de 2009 com o processo de transição de governo para o então prefeito eleito nas eleições de 2008, Jorge Mário Sedlacek. A cerimônia foi feita no Palácio Teresa Cristina, com a presença da imprensa, convidados e da população.[17] ControvérsiasEm 15 de abril de 2009, o Ministério Público Federal moveu uma ação de improbidade contra Roberto Petto e Mário Tricano por não implantaram uma Unidade Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal, apesar de haver um convênio com o Hospital das Clínicas de Teresópolis em 2001.[18] Em 7 de outubro de 2009, o então prefeito Jorge Mário criticou a administração de Petto, alegando que o ex-prefeito teria deixado dívidas de 23 milhões de reais e orçamento de 54 mil.[19] Em 2 de fevereiro de 2012 a justiça condenou Petto a devolver R$ 385 mil aos cofres públicos por improbidade administrativa no aluguel da Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima, que já estava proibida de firmar contratos com a administração pública. O contrato, sem licitação e firmado em 2006, tinha valor de 55 mil reais por mês, pagos um ano antes da desapropriação do imóvel.[20] Em 12 de março de 2012, a justiça condenou Mário Tricano e Roberto Petto por improbidade administrativa no mandato de prefeito e vice prefeito que exerceram entre 2001 e 2005. A sentença seria a devolução de 707 mil reais ao município (sendo a quantia de R$ 198.980,89 sob responsabilidade de Petto), em ação popular que questionou uma lei municipal que concedeu ao prefeito e ao vice aumento em seus subsídios de 71,43%, em 30 de novembro de 2000. A inlegibilidade da lei se dá ao fato que à época da aprovação, o funcionalismo público estava a cinco anos sem reajuste.[21][22][23] Nas eleições de 2016, Petto se envolveu em algumas polêmicas. Em 4 de agosto, a revista Veja revelou que Petto declarou à Justiça Eleitoral que mantém 800 mil reais em dinheiro vivo, guardados sob o próprio colchão. Isso corresponde a 46% do 1,7 milhão de reais que ele declarou como patrimônio total, superando o valor de 541 014 reais estipulados como teto para a campanha de prefeito em Teresópolis.[24] Em 30 de agosto, a Justiça Eleitoral mandou recolher o "Teresópolis Jornal" das bancas, de propriedade por Petto. A edição de 26 de agosto do jornal teria citado o então prefeito Mário Tricano como “bandido” e ainda relacionado o candidato Luis Ribeiro ao cassado Arlei Rosa, ambos concorrentes de Petto na eleição municipal.[25] Referências
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