Remodelação óssea

A remodelação óssea ou metabolismo ósseo é um processo contínuo no qual tecido ósseo maduro é removido (um processo denominado ressorção óssea) e novo tecido é formado (em um processo chamado de ossificação). Esses processos controlam o formato e a substituição de ossos após danos como fraturas, mas também controlam  micro-lesões, que ocorrem durante atividades normais. O remodelamento ósseo também responde às demandas funcionais de carga mecânica. 

No primeiro ano de vida, quase 100% do esqueleto é renovado, enquanto em adultos a taxa de remodelação é de aproximadamente 10̥ por ano.[1]

Desbalanços na regulação desse processo podem resultar em doenças do metabolismo ósseo, como a osteoporose.[2]

Fisiologia

homeostase óssea envolve multiplos eventos celulares moleculares que ocorrem em coordenação.[3] O metabolismo ósseo é controlado principalmente por dois tipos de células: osteoblastos (que secretam a matriz óssea nova), e osteoclastos (que removem o osso antigo ). A estrutura dos óssos assim como o suprimento adequado de  cálcio requerem cooperação de ambos tipos, assim como outras células presentes nos sítios de remodelamento ( como células do sistema imune).[4] O metabolismo ósseo depende de vias de sinalização complexas e mecanismos de controle para alcançar taxas adequadas de crescimento e diferenciação. Nesse controle estão envolvidos diversos hormônios, tais quais o paratormônio (PTH), a vitamina D, o hormônio do crescimento, esteróides, e calcitonina, assim como diversas citocinas e fatores de transcrição derivados da medula óssea( como M-CSF, RANKL, VEGF e IL-6). Dessa forma o corpo é capaz de regular os níveis disponíveis de cálcio para processos fisiológicos.

Quando o sinal adequado está presente, osteoclatos movem-se para a superfície do osso, ressorbendo-o, seguipo por deposição de osso por osteoblastos. Essas células, responsáveis pela remodelação, são conhecidas como unidade multicelular básica(BMU), e a duração deporal da BMU é conhecido como o período de remodelação óssea.[5]

Galeria


Referências

  1. Wheeless Textbook
  2. Online Medical Dictionary
  3. Raggatt, L. J.; et al. (25 de maio de 2010). «Cellular and Molecular Mechanisms of Bone Remodeling». The Journal of Biological Chemistry. 285 (33): 25103–25108. doi:10.1074/jbc.R109.041087 
  4. Sims, N. A.; et al. (8 de janeiro de 2014). «Coupling the activities of bone formation and resorption: a multitude of signals within the basic multicellular unit». BoneKEy Reports. 3. doi:10.1038/bonekey.2013.215. Consultado em 8 de janeiro de 2014 
  5. Pietrzak, WS.