Ramiro Castillo
Ramiro Castillo Salinas (Coripata, 27 de março de 1966 – Achumani, 18 de outubro de 1997) foi um futebolista boliviano que atuava como meia-atacante. Era conhecido por "Chocolatín", por causa de sua pele escura, rara em um país cuja população é predominantemente indígena. CarreiraComeçou sua carreira no The Strongest, em 1985. Jogou apenas uma temporada no Tigre antes de ser transferido para o futebol argentino, onde jogou durante sete anos. Na Argentina, jogou por Instituto, Argentinos Juniors, River Plate, Rosario Central e Platense. Durante este período, Castillo instituiu um recorde: é o boliviano com mais partidas disputadas em território argentino: foram 146 jogos e dez gols marcados[1]. Voltaria à Bolívia e ao The Strongest em 1993, saindo da equipe em 1996 e permaneceria alguns meses sem jogar, antes de assinar contrato com o Bolívar, maior rival do Tigre. Antes, teve uma curta passagem pelo Everton de Viña del Mar, no Chile. Seleção BolivianaCastillo jogaria 52 partidas pela Seleção Boliviana de Futebol entre 1989 e 1997, marcando cinco gols. Jogaria a Copa de 1994 e quatro edições da Copa América (1989, 1991, 1993 e 1997), tendo atuado 13 vezes pelas eliminatórias para as Copas de 1990, 1994 e 1998. Sua última partida por La Verde (e também em sua carreira profissional) foi em 12 de outubro de 1997, contra o Equador, pelas eliminatórias da Copa de 1998. A Bolívia não conseguiu a classificação para o torneio. A perda do filho antes da final da Copa AméricaOs bolivianos chegariam à final da Copa América de 1997, sendo derrotada pelo Brasil por 3 a 1. Pouco antes do jogo final, Chocolatín se preparava para disputar a partida quando recebe a notícia da internação de seu filho Juan Manuel, então com três anos de idade, em decorrência de hepatite. Dois dias depois, no dia 30 de junho, o estado do menino piorou e ele morreu horas depois. SuicídioAbalado pela morte de seu filho, Castillo entrou em depressão, isolando-se de todos e vários amigos tentaram ajudá-lo a superar tal situação, sem êxito. Sem esperanças de se recuperar da depressão, resolveu se suicidar em 18 de outubro de 1997[2]. Ele foi encontrado com uma gravata enrolada em seu pescoço, na cidade de Achumani, ao sul de La Paz. Ele deixou a esposa, María del Carmen Crespo, e outros 3 filhos[3]. HomenagemDepois da morte prematura de Castillo, foi respeitado um minuto de silêncio no jogo entre Platense (último clube do meia-atacante na Argentina) e Gimnasia y Esgrima de Jujuy, onde seu irmão, Iván, e o zagueiro Óscar Sánchez (falecido em 2007), atuavam. Na partida, jogadores dos dois clubes usaram uma braçadeira preta em sinal de luto. Títulos
Referências
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