Rad Racer
Rad Racer, originalmente lançado no Japão como Highway Star (ハイウェイスター Haiuei Sutā?), é um jogo de corrida desenvolvido e publicado pela Square para o Famicom em 1987. Neste jogo, o jogador controla uma Ferrari 328 ou uma máquina da F1 por uma pista de corrida. O jogo foi lançado para o Nintendo Entertainment System na América do Norte e Europa meses após sua estreia no Famicom. O jogo foi parte dos esforços da Square em fazer jogos em 3D, e foi seguido por vários outros jogos empregando a mesma tecnologia. O título vendeu mais de meio milhão de cópias, e é considerado um dos melhores jogos de corrida do NES, apesar de também ter sido criticado como uma derivação de outros jogos de corrida da época. JogabilidadeO objetivo em Rad Racer é percorrer por uma pista e seus pontos de verificação antes que o tempo acabe. O jogador perde o controle do carro ao bater em uma placa de sinalização ou uma árvore, a qualquer velocidade. Carros atingidos por trás diminuem a velocidade, e carros atingidos pelo lado são empurrados. Acidentes consomem tempo e tornam mais difícil para o jogador alcançar o ponto de verificação. O jogo apresenta oito pistas diferentes de dificuldade crescente. Mesmo quando o tempo esgota, o veículo ainda pode continuar andando embalado; se o veículo atingir o ponto de verificação antes de perder todo o impulso, o jogo continua. Se o tempo acabar antes de o jogador chegar ao fim da pista, o jogo termina. Jogadores de Rad Racer podem ativar um modo 3D durante o jogo pressionando o botão "select" e vestindo óculos 3D.[1] O jogo acompanha um par de óculos 3D que podem ser utilizados pelo jogador para dar a impressão de três dimensões (a Square havia incorporado anteriormente o uso de óculos 3D em 3-D WorldRunner). No menu de seleção de veículo, o jogador conta com duas opções: uma Ferrari 328 ou uma máquina de corrida da F1, similar em aparência ao carro de Fórmula 1 Honda/Lotus 99T Camel. Embora oficialmente não exista diferença em desempenho entre a máquina de F1 e a Ferrari 328, isto ainda é questão de debate entre fãs. Ambos os carros atingem a velocidade máxima de 255 km/h (255 é o maior número inteiro representável dentro de 8 bits). No jogo, a função "turbo" pode ser ativada segurando o botão para cima para aumentar consideravelmente a velocidade do carro, e pode ser desativada a qualquer instante soltando o botão. DesenvolvimentoO jogo foi programado por Nasir Gebelli, projetado e supervisionado por Hironobu Sakaguchi, e teve sua música escrita por Nobuo Uematsu, todos os quais contribuíram posteriormente ao jogo Final Fantasy cumprindo funções similares. Em 1987, existiam poucos jogos para o NES, e Rad Racer foi visto como a resposta da Square ao Out Run, da Sega. No Japão, é um dos poucos títulos desenvolvidos para o sistema para uso com o periférico Famicom 3D System da Nintendo, para uma experiência 3D. O principal motivo para o desenvolvimento do jogo era que o proprietário da Square, Masafumi Miyamoto, queria demonstrar as técnicas de programação em 3D de Gebelli.[2] Em 1990, Square deu continuidade com uma sequência lançada exclusivamente em território norte-americano, chamada Rad Racer II, com poucas diferenças da primeira versão, e considerada por jogadores como inferior em jogabilidade; por causa disso, a sequência não teve tanto sucesso como a primeira versão. RecepçãoComo um dos primeiros jogos de corrida do NES, Rad Racer foi recebido com críticas favoráveis e desfrutou de sucesso comercial; o jogo foi colocado em 8º na lista dos Top 30 da Nintendo Power.[3] Ele foi criticado, no entanto, por sua similaridade extrema ao jogo Out Run, lançado um ano antes. No artigo "The History of Square" ("A História da Square"), a GameSpot declarou que "Rad Racer carregava consigo mais do que uma mera semelhança a Out Run", mas no final disse que era "mais do que apenas um clone" e reconheceu o jogo por "efetivamente traz[er] a sensação apropriada de velocidade." O artigo concluiu dizendo que Rad Racer "consegue ser um refinado jogo de corrida".[4] De acordo com Sakaguchi, Rad Racer e The 3-D Battles of WorldRunner venderam "cerca de 500.000 cópias, o que foi muito bom."[2] LegadoApesar dos esforços da Square em fazer jogos únicos com recursos 3D como Rad Racer e 3-D WorldRunner, a empresa estava em perigo financeiro.[5] Isto resultou em uma tentativa final que deu origem a Final Fantasy.[5] As reações ao jogo se tornaram mais positivas com o tempo, e mais tarde Rad Racer ficaria na 57ª posição dentre os 100 melhores jogos para Nintendo Entertainment System, de acordo com a IGN.[6] Rad Racer foi sucedido por Rad Racer II em 1990 exclusivamente na América do Norte, também para o NES. A jogabilidade do sucessor era quase idêntica. O painel mostrava um indicador para qual direção a próxima curva iria seguir, permitindo que o jogador pudesse se antecipar. Além disso, a nova habilidade desta versão do "turbo", que imediatamente acelera o carro para 255 km/h, é ativada segurando o botão para baixo quando a corrida começa até que a contagem regressiva sonora termine. Um código secreto pode ser usado para "correr no escuro"; e, em vez de capotar, o carro do jogador gira fora de controle após uma batida. O jogo aparece em uma cena do filme O Gênio do Video Game.[7] No filme, Lucas Barton (rival de Jimmy) usa uma Power Glove para jogar pelo primeiro estágio do jogo, uma grande proeza considerando a falta de confiabilidade do controle. Rad Racer é o 11º jogo em que Uematsu trabalhou como compositor. Uma de suas músicas foi usada, com vocais adicionados, como a música tema de Stinkoman, a versão em animê do personagem Strong Bad em Homestar Runner. O grupo de electro-pop Work Drugs lançou uma música chamada "Rad Racer" em 2011, e o videoclipe mostra imagens do jogo Rad Racer II. Referências
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