R'lyehR'lyeh é uma cidade perdida fictícia, de nome impronunciável, submersa no Pacífico Sul, mais conhecida por ser a prisão da criatura lovecraftiana Cthulhu. O local foi mencionado pela primeira vez no conto de H. P. Lovecraft "O Chamado de Cthulhu", publicado originalmente na revista norte-americana Weird Tales, em fevereiro de 1928.[1] Descrição
O marinheiro norueguês Gustaf Johansen, o narrador de um dos relatos do conto, descreve a descoberta acidental da cidade: "litoral composto por uma mistura de barro, gosma e pedras ciclópicas recobertas por algas que não poderiam ser nada menos do que a substância palpável que compunha o terror supremo da Terra".[2] O conto também afirma a premissa de que, embora atualmente preso em R'lyeh, Cthulhu eventualmente retornará, com os adoradores frequentemente repetindo a frase Ph'nglui mglw'nafh Cthulhu R'lyeh wgah'nagl fhtagn : "Em sua casa em R'lyeh, Cthulhu, morto, aguarda sonhando".[2] Significado e críticaR'lyeh é caracterizada por uma arquitetura ciclópica comparada à geometria não euclidiana, que dificultaria a exploração e a fuga. No conto, a certa altura, um membro da tripulação "escalou por um tempo interminável a grotesca muralha de pedra lavrada — ou melhor, teria escalado se o objeto não estivesse em um plano horizontal — enquanto os outros se perguntavam como poderia existir uma porta tão vasta no universo"[2], e em outra passagem, um marinheiro "foi engolido por um ângulo de pedra lavrada que surgiu à sua frente; um ângulo agudo, mas que se comportava como se fosse obtuso".[2] O matemático Benjamin K.Tippett demonstra que essas observações são consistentes com "a exploração de uma bolha do espaço-tempo curvo".[3] A geometria não euclidiana e as teorias de Einstein aparecem em várias histórias de Lovecraft como elementos da weird fiction. Os críticos Paul Halpern e Michael C. Labossiere observam que
Outras interpretaçõesNas minisséries de quadrinhos Neonomicon e Providence, de Alan Moore, está implícito que R'lyeh e o próprio Cthulhu ainda não existem em um sentido físico. Os "sonhos mortos" de R'lyeh e Cthulhu seriam, em vez disso, uma metáfora para o desenvolvimento fetal de Cthulhu no útero de uma detetive humana que se tornou cultista, engravidada por uma criatura das profundezas, enquanto era mantida prisioneira por seus seguidores. Da mesma forma que o Anticristo, afirma-se que o inevitável "retorno" de Cthulhu para destruir a civilização e libertar a humanidade do império da lei começará com seu nascimento físico. Referências
Bibliografia
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