Quilombo da Guia
Quilombo da Guia é uma comunidade quilombola localizada na zona rural do município de Poço Redondo, estado brasileiro de Sergipe.[1] A Guia contava em 2013 com 1.200 pessoas, sobretudo crianças e adolescentes, que viviam de culturas de subsistência, como mandioca, inhame, batata-doce, bem como da criação de animais.[2][3] Obteve a sua notoriedade enquanto território quilombola ainda em janeiro de 2006, ao adquirir a certificação de comunidade quilombola da Fundação Cultural Palmares que garante acesso em programas de políticas públicas.[3] A Serra da Guia, que dá nome à comunidade, faz jus ao complexo da Serra Negra, cadeia de morros situada na divisa entre os estados de Sergipe e Bahia. O direito sobre o seu território de 9.013,18 hectares foi validado por decreto de desapropriação publicado em 22 de novembro de 2012.[1] HistóriaO quilombo, que é um dos patrimônios culturais de Sergipe, chegou a ser no passado o ponto de refugio alternativo para os negros fugitivos das grandes fazendas.[1] Segundo os moradores, a denominação Guia faz referência justamente ao passado, onde a cordilheira representava um "caminho guia" demarcado como a melhor rota de fuga a ser usada pelos escravizados, originando um rápido agrupamento de indivíduos afrodescendentes que optaram por permanecer vivendo em volta da cadeia de montanhas.[2] Desta maneira, ao longo da serra, formaram-se pequenas comunidades compostas majoritariamente por indivíduos cuja ascendência genealógica remonta aos escravos que fugiam da opressão no Quilombo dos Palmares[1][2], na segunda metade do século XIX, de tal modo que foi esclarecido no Relatório Antropológico de 2009[4] acerca da Guia, publicado no Diário Oficial, onde sinaliza esta comunidade como uma área quilombola. Origem do Quilombo[1]:
Diferentes escritos mencionam a existência de um antigo cemitério no topo da Serra Negra, onde foram sepultados os primeiros escravos que se refugiaram nesta localidade.[2] Algumas obras abordam que os destroços de objetos e as plantas cultivadas testemunham que também existiram moradias dos ancestrais quilombolas nas proximidades do fossário.[5] Referências
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