Proteínas de fase agudaAs proteínas de fase aguda são uma classe de proteínas cuja concentração plasmática aumenta (proteínas de fase aguda positivas) ou diminui (proteínas de fase aguda negativas) em resposta à inflamação. Essa resposta é chamada de resposta de fase aguda. Em resposta à danos, células inflamatórias locais (neutrófilos, granulócitos e macrófagos) secretam diversas citocinas na corrente sanguínea, notavelmente as interleucinas IL1, IL6 e IL8, além de TNFα. O fígado responde produzindo um número de reagentes de fase aguda. Ao mesmo tempo, a produção de diversas outras proteínas é reduzida; denominadas, então, reagentes negativos da fase aguda. O aumento de certas proteínas de fase aguda pelo fígado pode contribuir para a promoção da sepse.[1] PositivasProteínas de fase aguda positivas servem a diversas funções fisiológicas do sistema imune. Algumas agem destruindo ou inibindo o crescimento de micóbios, ex: e.g., proteína C-reactiva , proteína ligadora de manose (MBP),[2] fatores do complemento, ferritina, ceruloplasmina, amilóide A sérico e haptoglobina. Outros retroalimentam negativamente a resposta inflamatória, ex: sepinas. A macroglobulina alfa-2 e fatores de coagulação também podem ser aumentados, com efeito pró-coagulante, criando coágulos que limitam a entrada de patógenos. Além disso, alguns produtos do sistema de coagulação interagem com o sistema imune inato através de sua habilidade de aumentar a permeabilidade vascular além de agir como quimiocinas para fagócitos.
NegativasProteínas de fase aguda negativas tem sua concentração diminuída pela inflamação. Exemplos incluem albumina,[7] transferrina,[7] transtiretina,[7] proteína ligadora de retinol, antitrombina e transcortina. A diminuição de tais proteínas pode ser usada como marcadores de inflamação . O papel fisiológico da diminuição da síntese de tais proteínas é geralmente a economia de aminoácidos para a produção mais efetiva de proteínas de fase aguda; Teoricamente, uma diminuição em transferrina poderia também ser desencadeada por uma regulação positiva dos receptores de transferrina, mas esses aparentemente não mudam com a inflamação.[8] Significância ClínicaA medição de diversas proteínas de fase aguda, especialmente a proteína C reativa, é um marcador útil para inflamação na patologia clínica médica e veterinária. Ela se correlaciona com a taxa de sedimentação de eritrócitos (ESR), apesar de que nem sempre diretamente. Isso se deve ao ESR ser altamente dependente do aumento de fibrinogênio, um reagente de fase aguda com uma meia vida de aproximadamente 1 semana. Essa proteção irá, então, permanecer em níveis elevados por bastante tempo após o estímulo inflamatório se encerrar. Em contras, a proteína C reativa (com meia vida de 6 a 8 horas) aumenta rapidamente e pode em pouco tempo voltar aos níveis normais se algum tratamento é empregado. Por exemplo, em lupus eritromatoso sistêmico ativo, é possível encontrar um ESR elevado mas uma taxa de proteína reativa C normal. Elas podem indicar também falência hepática.[9] Veja também
Referências
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