Proliferadores de peroxissoma tipo gamaOs receptores ativados por proliferadores de peroxissoma tipo gama (PPARγ) são fatores de transcrição dependentes de ligantes, pertencentes à família dos receptores nucleares e estruturalmente está incluído à subfamília de receptores como o receptor do hormônio da tireóide (TR) e do receptor do ácido retinóico (RAR), considerada a classe dos receptores órfãos adotados, que apresentam homologia estrutural com os receptores endócrinos.[1] Isoformas e distribuição tecidualInicialmente, há três principais isoformas do PPARγ, oriundos dos RNAs mensageiros PPARγ1, PPARγ2 e PPARγ3, que por meio de splicing alternativo, apresentam diferença em sua extremidade 5'. O gene do PPARγ foi mapeado no cromossomo 3, região 3p25.[2] PPARγ1 e PPARγ3 codificam a mesma proteína, mas são controlados por promotores diferentes.[3] A isoforma γ1 possui a maior gama de variedades expressa em tecidos como coração, rins, pâncreas, baço, intestino delgado e grosso, músculo e cólon. A γ2 é expressa no tecido adiposo.[4][5] A isoforma γ3 tem expressão em macrófagos intestino grosso e tecido adiposo branco.[3][5] Além das três isoformas mais conhecidas ( γ1, γ2 e γ3 ), há também a isoforma γ4, que é expressa em células endoteliais.[5] FunçõesO PPARγ controla a expressão de genes que regulam a diferenciação de adipócitos, a homeostase da glicose e de lipídeos e o armazenamento de ácidos graxos.[6] [7] De modo geral, as principais funções coordenadas pelo PPARγ é a adipogênese e melhora da resistência à insulina. Moduladores de PPARγOs fármacos da classe das tiazolidinedionas (TZDs) são os moduladores de PPARγ mais estudados, pois são ligantes de alta afinidade deste receptor.[6] Um dos principais efeitos fisiológicos dessa classe de moduladores é a melhora da resistência à insulina, que se opõe aos efeitos do TNF-α nos adipócitos.[7] Os principais fármacos da classe dos TZDs são a rosiglitazona, a pioglitazona e a troglitazona, que são altamente seletivas para o PPARγ e possuem relativa aplicação clínica, mas alguns deste compostos tem sua utilização descontinuada, como a troglitazona, por apresentar sérios efeitos adversos, como a hepatotoxicidade. Porém, a classe apresenta como principal efeito benéfico o controle glicêmico.[8] Nota-se que o uso clinico dos TZDs é limitado e que seu uso pode apresentar quadro de falência cardíaca.[9] Além de substâncias sintéticas, o PPARγ tem alta afinidade com um alto número de moléculas lipídicas naturais, como os ácidos graxos poli-insaturados e as prostaglandinas.[10][11] Referências
|