Le privilège du blanc ("o privilégio do branco") é um termo francês usado numa tradição protocolar onde a determinadas rainhas e princesas católicas é permitido usar um vestido branco e uma mantilha branca durante a audiência com o Papa. O termo italiano é il privilegio del bianco.
Uma princesa ou rainha católica mantém o privilégio a critério do Papa, por se manter publicamente católica, ou casada com outro monarca católico, ou apenas quando garantido por dispensa do pontífice. Alguém da realeza católica pode também livremente escolher usar este privilégio mediante a importância da ocasião, e o direito ao privilégio não lhes é negado caso escolham usar preto em determinadas audiências papais.
História
O protocolo para as audiências papais requerem formalmente que as senhoras usem um vestido preto longo com gola alta, mangas compridas e mantilha preta.[1][2]
O privilégio não é concedido a todas as esposas de todos os monarcas católicos ou às esposas de monarcas não católicos. Apesar de serem católicos, não é concedido à esposa do Rei do Lesoto, ou à esposa do Príncipe do Liechtenstein, nem (até 2013) o era à esposa do Príncipe do Mónaco. O privilégio não é concedido, também, à Rainha Máxima da Holanda, esposa católica do protestanteRei Guilherme Alexandre.
Elegibilidade atual
Até 2015, as seguintes personalidades são elegíveis de usar o privilégio:
Cherie Blair (esposa do então primeiro-ministro do Reino UnidoTony Blair) foi duramente criticada por usar vestuário branco aquando da visita ao Papa Bento XVI a 28 de abril de 2006. Tony Blair estava a falar numa conferência no Vaticano com crianças e demais jovens. O Papa Bento, sabendo que a esposa se encontrava no Vaticano, pediu-lhe que se encontrassem dando-lhe apenas alguns minutos de antecedência, forçando-a a adequar a sua roupa a pedido do próprio pontífice.[6]
Ocasiões usadas
O privilège du blanc não é usado em todas as reuniões com o Papa, mas normalmente apenas reservado para as ocasiões mais importantes no Vaticano e continua a ser um critério pessoal seguido pela pessoa da realeza em questão, por vezes através de convite pela Prefeitura da Casa Pontifícia. O privilégio é, contudo, retido por dispensa papal.
De entre as várias ocasiões em que o privilège du blanc foi usado, encontram-se as seguintes:
↑George Seldes, The Vatican: Yesterday, Today, Tomorrow (New York: Harper & Brothers, 1934), 125.
↑Fabio Cassani Pironti, Ordini in ordine: manuale d'uso decorazioni per il corpo diplomatico accreditato presso la Santa Sede, il Sovrano militare Ordine di Malta ed i rispettivi dignitari (Roma: Laurus Robuffo, 2004), 42 and 87.
↑«ITALIAN PRINCES SEE POPE.; Duke and Duchess of Genoa Among Seven of House of Savoy Present.». The New York Times (em inglês). The New York Times Building, 620 Eighth Avenue, New York City, 10018: The New York Times Company. 29 de dezembro de 1929. ISSN0362-4331. OCLC1645522. Pope Pius received additional Princes of the ruling House of Savoy in audience today. They included the Duke and Duchess of Genoa, the Prince of Udine, the Duke of Pistoia, the Duke of Bergamo, Princess Maria Adelaide and the Duke of Ancona.
↑ ab"Prince and Sisters Pay Visit to Pope", New York Times (December 8, 1929), 5.
↑"Italy's Sovereigns Make First Visit to Pope", New York Times (December 6, 1929), 1.