Ponte das Barcas

Desenho do Barão de Forrester.

A chamada Ponte das Barcas foi uma ponte sobre o Rio Douro que existiu na cidade do Porto no início do século XIX, construída sobre barcaças.

A necessidade de haver uma travessia para a margem Sul do Douro para circulação de pessoas e mercadorias do Porto, constituiu uma preocupação permanente ao longo dos séculos. Ao longo dos tempos houve várias "pontes das barcas" construídas para determinados propósitos, como a rápida deslocação de contingentes militares. No entanto, por regra a travessia do Douro fazia-se com recursos a barcos, jangadas, barcaças ou batelões.

A Ponte das Barcas, construída com objetivos mais duradouros, foi projectada por Carlos Amarante e inaugurada a 15 de agosto de 1806. Era constituída por vinte barcas ligadas por cabos de aço e que podia abrir em duas partes para dar passagem ao tráfego fluvial.

Foi nessa ponte que se deu a famosa derrubada da Ponte das Barcas, em que milhares de legionários franceses pereceram, perseguindo portugueses civis e militares através da ponte e à carga de baionetas das tropas da segunda invasão francesa, comandada pelo marechal Soult, em 29 de março de 1809. Mais de quatro mil pessoas morreram. Mas os Portugueses conseguiram alcançar o posto militar do monte Pilar em Vila Nova de Gaia, contribuindo para o fracasso da Segunda Invasão Francesa.

Anos mais tarde a cidade do Porto recebeu a mais famosa inscrição "Antiga, muy nobre sempre leal Invicta".

Reconstruída depois da derrubada, a Ponte das Barcas acabaria por ser substituída definitivamente pela Ponte Pênsil em 1843.

Galeria

Gravura de 1817, vendo-se a Ponte das Barcas.
As "Alminhas da Ponte" lembram a tragédia de 29 de Março de 1809, no Rio Douro.


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