Pitangueiras (São Paulo)

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Pitangueiras
  Município do Brasil  
Igreja Matriz de São Sebastião em Pitangueias
Igreja Matriz de São Sebastião em Pitangueias
Igreja Matriz de São Sebastião em Pitangueias
Símbolos
Bandeira de Pitangueiras
Bandeira
Brasão de armas de Pitangueiras
Brasão de armas
Hino
Gentílico pitangueirense[1]
Localização
Localização de Pitangueiras em São Paulo
Localização de Pitangueiras em São Paulo
Localização de Pitangueiras em São Paulo
Pitangueiras está localizado em: Brasil
Pitangueiras
Localização de Pitangueiras no Brasil
Mapa
Mapa de Pitangueiras
Coordenadas 21° 00′ 32″ S, 48° 13′ 19″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana Ribeirão Preto
Municípios limítrofes Sertãozinho, Pontal, Morro Agudo, Viradouro, Bebedouro, Taquaral e Jaboticabal
Distância até a capital 369 km
História
Emancipação 27 de julho de 1858 (166 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) Marcos Aurelio Soriano (Cidadania, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 430,638 km²
 • Área urbana (IBGE/2019) [1] 7,4 km²
População total (Estimativa IBGE/2024) [1] 34 416 hab.
Densidade 79,9 hab./km²
Clima tropical de altitude
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010) [3] 0,723 alto
PIB (IBGE/2021) [4] R$ 1 389 560,82 mil
PIB per capita (IBGE/2021) R$ 34 369,55
Sítio www.pitangueiras.sp.gov.br (Prefeitura)
cmpitangueiras.sp.gov.br (Câmara)

Pitangueiras é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, Região Sudeste do país. Localiza-se na Região Metropolitana de Ribeirão Preto e ocupa uma área de cerca de 430 km², sendo que 7 km² estão em perímetro urbano. Sua população foi estimada em 34 416 habitantes em 2024. Situa-se a uma latitude 21º00'34" sul e a uma longitude 48º13'18" oeste, estando a uma altitude de 512 metros.

História

Entardecer no município com a ponte ferroviária de Pitangueiras, construída em 1907, ao fundo.
Cristo Redentor na entrada de Pitangueiras visto da Rodovia Armando Salles Oliveira (SP-322)

A povoação da região surgiu de um pouso de passagem no local onde as rotas comerciais provenientes dos centros de criação de gado do norte do atual estado de São Paulo (Bebedouro, Jaboticabal e Barretos) os caminhos para São Carlos do Pinhal (atual São Carlos) e São Paulo. Uma parte destas rotas comerciais era feita através de vias fluviais pela bacia do rio Moji-Guaçu, nas margens do qual havia um porto e o pouso de passagem. Como a malária tornou-se endêmica na região, o pouso passou a ser feito mais longe do rio onde proliferavam os mosquitos, até estabelecer-se em uma clareira no caminho de Jaboticabal onde existiam muitas pitangueiras[5].

A região do pouso pertencia então ao município de Jaboticabal. A data em que se formou um arraial com moradores permanentes no local do antigo pouso é desconhecida, porém sabe-se que, em 1858, Manoel Félix e sua mulher, Ana Batista de Morais, doaram para o padroeiro São Sebastião cerca de 80 alqueires de terra visando, certamente, a consolidação de um povoado já existentes. Nestas terras doadas foi construída uma capela[5].

Conforme levantamento feito pela própria paróquia, por volta de 1880, viviam cerca de oitocentas “almas” e havia 4 empórios nas imediações da capela. A maioria dos habitantes locais eram oriunda de Minas Gerais de onde migraram devido à decadência econõmica que ocorria com o fim da exploração de ouro. Estes primeiros povoadores dedicavam-se à pecuária e ao cultivo de milho, feijão e mandioca[5].

A freguesia de Pitangueiras foi criada no município de Jaboticabal por lei provincial de 7 de julho de 1881[5].

Em 1892, Joaquim Moço e sua esposa doaram mais 5 alqueires para a paróquia de São Sebastião de Pitangueiras. Neste mesmo ano, com a nova organização política devida à proclamação da República, a freguesia passou a ser considerada um distrito de Paz. Uma lei estadual de 6 de julho de 1893 desmembrou o município de Jaboticabal, elevando o distrito de Pitangueiras à vila com prerrogativas de município. A vila passou a ser cidade por lei municipal de 7 de dezembro de 1906 constituindo-se por dois distritos: Pitangueiras (sede) e Viradouro[5].

Em 1906, a prefeitura de Pitangueiras expediu uma concessão para que fosse construída uma pequena ferrovia para ligar a sede do município à estação de Pitangueiras da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (depois FEPASA) que existia à margem direita do rio Moji-Guaçu, mas ainda dentro da área do município[6]. Em 1907 foi inaugurada a Companhia de Estrada de Ferro Pitangueiras que permitiu a comunicação ferroviária da sede do município com a vasta região que vai desde Goiás até São Paulo e Santos. A antiga estação Pitangueiras da Companhia Paulista de Estradas de Ferro passou a ser denominada Passagem, pois a estação na sede municipal assumiu o nome do município[6]. A comunicação por ferrovia causou um forte crescimento econômico em todo o município. Na mesma época, foi instalada a primeira indústria de grande porte na região: a S/A Frigorífico Anglo[5]. A Companhia de Estrada de Ferro Pitangueiras foi posteriormente encampada posteriormente pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro[6]

O distrito de Viradouro foi desmembrado de Pitangueiras em 1916 tornando-se um município. A partir de 1933, o município passou a ser composto por 3 distritos: Pitangueiras (sede), Ibitiúva e Taquaral. Em 1993, o município foi desmembrado do distrito de Taquaral que passou a constituir um novo município[5].

Atualmente, o município compõe de dois distritos: Pitangueiras (sede) e Ibitiúva[5].

Geografia

Possui uma área de 430,88 km².

Demografia

Área População residente[7]
Urbana 29.306
Rural 1.850
Homens 15.959
Mulheres 15.197
31.156
Cor/Raça Percentagem[7]
Branca 35,4%
Preta 20,0%
Parda 44,2%
Amarela 0,4%

Densidade demográfica (hab./km²): 72,52[7]

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 18,79

Expectativa de vida (anos): 69,73

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 3,02

Taxa de alfabetização: 70,95%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,764

  • IDH-M Renda: 0,690
  • IDH-M Longevidade: 0,746
  • IDH-M Educação: 0,855[8]

Hidrografia

O município faz parte da bacia hidrográfica do rio Mogi Guaçu, onde é a maior fonte de ranchos na cidade.

Rodovias

Ferrovias

Comunicações

A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[11], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[12], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[13] para suas operações de telefonia fixa.

Hoje a cidade possui cobertura das operadoras TIM, Claro, VIVO e Oi

Ver também

Referências

  1. a b c d Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Pitangueiras». Consultado em 3 de outubro de 2024. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2024 
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (9 de setembro de 2013). «Pitangueiras - Unidades territoriais do nível Distrito». Consultado em 3 de outubro de 2024. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2024 
  3. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 10 de junho de 2015. Arquivado do original (PDF) em 8 de julho de 2014 
  4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2021). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2021». Consultado em 3 de outubro de 2024. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2024 
  5. a b c d e f g h Banco de Dados do IBGE. «Pitangueiras - São Paulo» (PDF). Consultado em 8 de setembro de 2009 
  6. a b c Estações Ferroviárias do Brasil. «Estação Pitangueiras - Município de Pitangueiras, SP». Consultado em 8 de setembro de 2009 
  7. a b c Censo 2000
  8. IPEADATA
  9. «Pitangueiras -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  10. «Passagem -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 8 de novembro de 2020 
  11. «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  12. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  13. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 

Ligações externas

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