Pintassilgo-pinheiro
O pintassilgo-pinheiro é um pássaro norte-americano migratório, da família dos Fringilídeos. DescriçãoO pintassilgo-pinheiro tem um comprimento de 11 a 14 cm, um peso de 12 a 18 g e uma envergadura entre asas de 12 a 18 cm.[2][3] O macho tem as partes superiores castanhas com listas escuras e as partes inferiores esbranquiçadas também com listas escuras, as asas são pretas ou castanhas escuras com duas barras amareladas, a cauda é escura com penas amarelas e o bico é comprido e pontiagudo. A fêmea é semelhante ao macho, mas com menos amarelo nas asas e cauda.[3][4] Os juvenis são amarelo-camurça.[4] O pintassilgo-pinheiro é uma ave polimórfica, havendo uma pequena percentagem (cerca de 1% segundo McLaren et al. (1989)) dos machos da forma nominal que têm a plumagem esverdeada nas partes superiores e não acastanhada (green morphs).[5][6] DistribuiçãoDistribui-se pelo Alasca, Canadá, E.U.A., México e Guatemala.[7]
TaxonomiaDescoberto por Alexander Wilson, em 1810, perto de Filadélfia, Pensilvânia, E.U.A. tendo-lhe dado o nome de Fringilla pinus. São reconhecidas três subespécies. A subespécie perplexa hibridiza com o carduelis atriceps.[8][9] Segundo Arnaiz-Villena et al. (2012), o pintassilgo-pinheiro faz parte da radiação norte-americana de spinus/carduelis, juntamente com o pintassilgo-das-antilhas (carduelis dominicensis) e o pintassilgo-de-chapéu-preto (C. atriceps) e tendo como possível antepassado comum o lugre (c. spinus).[6][10] Subespécies
HabitatFrequenta as florestas de coníferas, as florestas mistas, os parques, os bosques suburbanos, os matagais, os prados, o chaparral, as pradarias, os jardins, onde são frequentes nos alimentadores de pássaros.[2][3] AlimentaçãoAlimenta-se principalmente de sementes de coníferas como os pinheiros, as píceas, os cedros, as tsugas e os lariços, mas também de sementes de caducifólias como o alnus, a bétula, a liquidâmbar e o bordo.[2] Come igualmente os rebentos de árvores, os caules e folhas tenras de plantas herbáceas, as sementes de gramíneas, de dente-de-leão, de girassol, de cardo, insectos, seiva de árvores e produtos contendo minerais como cinza e sal da estrada (utilizado para derreter a neve e o gêlo das estradas no inverno).[2] O pintassilgo-pinheiro consegue armazenar uma pequena quantidade de sementes (10% do seu peso) numa zona do esófago, que utiliza nas noites geladas com temperaturas abaixo de zero.[2] NidificaçãoA época de reprodução tem lugar nos mêses de abril e maio,[3] podendo haver uma ou duas posturas.[2][3] A fêmea constrói o ninho em forma de taça, no ramo de uma árvore, com pauzinhos, raizes, líquenes, palhas, forrado com musgos, pêlos, penas e palhinhas. O macho também pode contribuir com material.[2][3] A postura é constituída por 3 a 5 ovos azuis-esverdeados com pintas castanhas e pretas, que são incubados pela fêmea durante 13 dias (o macho alimenta-a durante este período). As crias deixam o ninho ao fim de 2 semanas.[2][3] ComportamentoÉ uma espécie muito gregária, que quando migra chega a juntar-se em bandos de alguns milhares.[2] As suas migrações são erráticas, isto é, não obedecem a um padrão de ano para ano.[2][3] Consegue aumentar o seu metabolismo em cerca de 40% em relação a aves do seu tamanho, nas noites geladas com temperaturas abaixo de zero, para se manter quente.[2][3] Alimentam-se muitas vezes de cabeça para baixo para melhor chegarem às sementes.[2] FilogeniaA filogenia foi obtida por Antonio Arnaiz-Villena et al.[6][10][11][12] Referências
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