Pexito é o nome pelo qual são conhecidos os naturais da vila de Sesimbra.[1] Esta população, sobretudo as gerações mais velhas e a comunidade piscatória local, utiliza expressões muito peculiares, tendo um acentuado sotaque típico. Isto, por vezes, torna difícil a compreensão por quem não está familiarizado com a linguagem e hábitos locais.[2][3]
Assim sendo, o nome Pexito também se referir ao sotaque e modo de falar da população local, que costuma falar alto, parecendo por vezes que está a discutir. Também os maneirismos e os comportamentos daqueles que habitam ou nasceram na vila fazem parte da identidade do "Pexito". Não se trata de um calão, como o minderico ou o barranquenho. No entanto, do "Pexito" fazem parte também alguns termos e expressões de calão, só existentes em Sesimbra.[2][3][4]
Expressões
No sotaque típico de Sesimbra existem determinadas particularidades como comummente acabar as palavras acabadas em o com e (ex: sogro/sogre, filho/filhe, mercado/mercade), começar as frases com "à pá" ou "à ó" e/ou acabar com 'qu'ist'atão' (que é isto então). Também é comum não usar o pronome "lhe", usando alternativas como "diz a ele", "dá a ela", "fiz a eles" e tratar os outros por "balhão", "sóçe" ou "pariga".[2][3][4]
Exemplos
"Abe já a boca" ("não querias mais nada")
"Açucre" (açucar)
"Agora? Agora já a gaivota cagou da bóia" ("agora já é tarde demais")
"Amanhar" (tirar as escamas, as barbatanas e as vísceras ao peixe)