Peshmerga ou Peshmerge (em curdo: Pêşmerge ou پێشمهرگه ) é um termo utilizado pelos curdos para se referir aos combatentes de seu exército e significa literalmente "aqueles que enfrentam a morte" (pesh enfrentar + marg morte).[2][3] É também o termo oficial do Governo Regional do Curdistão para designar as forças armadas do Curdistão iraquiano.
História
As forças peshmerga do Curdistão existem desde o advento dos movimentos de independência curda em 1920, após o colapso do Império Otomano e da dinastia Qajar no Irã, que governavam a área por onde se distribuem os curdos. As forças incluem mulheres nas suas fileiras.[3]
Depois da morte de Mustafa Barzani, seu filho Masoud Barzani assumiu a posição do pai. A maior parte dos esforços dos peshmergas era voltada para manter a região sob o controle de um partido específico e para combater eventuais incursões pela Guarda Republicana Iraquiana. Após a Primeira Guerra do Golfo, o Curdistão iraquiano entrou em estado de guerra civil, quando se defrontaram os dois principais partidos curdos, e as respectivas forças peshmerga foram usadas para lutar entre si.
Com a nova constituição iraquiana de 2005, as forças Peshmerga foram oficialmente reconhecidas como protetoras do Curdistão, já que o Exército do Iraque está proibido por lei de entrar na região.[6]
Em agosto de 2014, o Curdistão iraquiano passa a sofrer seguidos ataques do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, no contexto da Guerra Civil Iraquiana. As forças curdas conseguiram repelir os ataques, passando a libertar diversas regiões do norte do país das mãos dos extremistas.[carece de fontes?]
Equipamentos
Os armamentos utilizados pelos Peshmerga são bastante limitados, devido às restrições de Bagdá e pelo fato da região do Curdistão não ter a sua soberania reconhecida internacionalmente. As freqüentes disputas entre o governo do curdistão e o governo iraquiano, praticamente fizeram o comércio de armas ser inexistente, principalmente por causa dos temores de uma independência curda.
A maior parte das armas e equipamentos militares que possuem, foram adquiridas ou capturadas durante a as duas recentes guerras na região; a Guerra do Golfo, em 1991, e a Guerra do Iraque, em 2003. A partir de 2014, com a ofensiva e ascensão do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, diversos países decidiram enviar equipamentos militares mais sofisticados para as forças dos Peshmerga, como fuzis de assalto e veículos blindados de combate.