Pentti Linkola
Kaarlo Pentti Linkola (Helsinque, 7 de dezembro de 1932 – Valkeakoski, 5 de abril de 2020) foi um ecologista profundo radical,[1] ornitólogo,[2] polemista, naturalista, escritor e pescador finlandês. Escreveu profusamente sobre suas ideias, e na Finlândia é considerado um pensador proeminente e altamente controverso.[3][4] Foi um pescador anual de 1959 a 1995; já pescou nos lagos Keitele e Päijänne, e no Golfo da Finlândia, e a partir de 1978 passou a pescar no lago Vanajavesi.[5] Linkola culpava a raça humana pela contínua degradação do meio-ambiente, e promovia um rápido declínio populacional para combater os problemas comumente atribuídos à superpopulação humana.[3] VidaLinkola cresceu em Helsinque, passando os verões no interior na fazenda de seu avô materno Hugo Suolahti. Seu pai, Kaarlo Linkola, era botânico e fitogeógrafo, e também reitor da Universidade de Helsinque; seu avô paterno foi chanceler da mesma universidade. Pentti Linkola resolveu não continuar com seus estudos de zoologia e botânica depois do primeiro ano. Linkola é considerado um dos ornitólogos mais famosos da Finlândia, mas desistiu de sua carreira de pesquisador para viver uma vida modesta como um pescador.[2] IdeaisLinkola acreditava que a democracia é um erro e que somente uma mudança radical pode deter o colapso ecológico.[2] Ele argumentava que todas as populações humanas do mundo, sejam elas desenvolvidas ou não, não merecem sobreviver às custas da biosfera como um todo.[6] Em maio de 1994 Linkola foi entrevistado pelo The Wall Street Journal Europe,[7] onde disse que era a favor de uma diminuição radical da população mundial, e referindo-se a uma futura guerra mundial alegou: "Se eu pudesse apertar algum botão, me sacrificaria sem hesitar, se soubesse que milhões de outras pessoas morreriam".[8] Os escritos de Linkola descrevem com detalhes emotivos a degradação ambiental que testemunhou em seu país de origem ao longo dos tempos. Ele dedicou sua obra de 1979 Toisinajattelijan päiväkirjasta (Dos Diários de um Dissidente) a Andreas Baader e Ulrike Meinhof, afirmando que "eles são os sinalizadores, não Jesus de Nazaré ou Albert Schweitzer".[2] Paul G. Harris, professor catedrático de Estudos Globais e Ambientais da Universidade de Educação de Hong Kong, argumenta que enquanto a maioria dos ambientalistas finlandeses se distanciaram de Linkola, aqueles preocupados com o meio-ambiente leem avidamente seus escritos. Harris assegura que Linkola representa "uma versão finlandesa e demasiadamente macabra de 'uma verdade inconveniente'".[2] Em 1995 Linkola fundou a Fundação da Herança Natural Finlandesa (Luonnonperintösäätiö),[9] que focaliza em preservar as poucas florestas primárias que ainda existem no sul da Finlândia e em outras formas de preservação ambiental. As florestas são doadas à fundação. MorteMorreu no dia 5 de abril de 2020, aos 87 anos, em Valkeakoski.[10] Obras
Referências
Bibliografia
Ligações externasMedia relacionados com Pentti Linkola no Wikimedia Commons |