Pecado imperdoávelPecado imperdoável ou Blasfemia contra Espírito Santo é citado por Jesus teologia cristã na Bíblia pecado (Hamartía) em Marcos 3, 29. É um pecado gerado pelo orgulho, falta de humildade e não obediência a Deus. Passagens bíblicasDiversas passagens na Bíblia são frequentemente interpretadas como fazendo referência ao pecado imperdoável:
As três passagens dos evangelhos sinóticos estão inseridas no contexto da crítica feita ao ministério de Jesus pelos fariseus, que o acusaram de ter seus poderes concedidos por Belzebu (veja Jesus exorcizando o cego e mudo e Parábola do Homem Valente). Além disso, há citações em I João 5:16–17 e uma possível ligação em I Coríntios 12:2–3. CristianismoA teologia geral do pecado é que os pecados cometidos por qualquer pessoa podem ser perdoados por Deus por conta do sacrifício feito por Jesus em sua morte. Igreja Católica e a Igreja OrtodoxaA Igreja Católica - assim como a Igreja Ortodoxa e as Igrejas Católicas Orientais - acreditam que a blasfêmia contra o Espírito Santo é de fato um pecado imperdoável ("eterno"). De acordo com o catecismo católico, não há limites para o perdão divino, mas qualquer um que deliberadamente se recuse a aceitar a sua misericórdia pelo arrependimento, rejeita o perdão dos pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. E esta situação poderia levar à impenitência e à danação eterna[1]. Os católicos geralmente listam seis tipos específicos de blasfêmias contra o Espírito Santo, baseados principalmente em Tomás de Aquino[2]:
Porém, a Igreja acredita ainda que não há ofensa séria o suficiente que não possa ser removida pelo Batismo ou absolvida pela Confissão e que ninguém, por mau ou culpado que seja, não possa secretamente esperar o perdão. Tomás de Aquino explica que a imperdoabilidade significa que este pecado remove a possibilidade de alguém conseguir alcançar os meios de sua própria salvação, mas que, porém, ela não impede o Todo-Poderoso e misericordioso Deus de remover esse obstáculo através de um milagre[4]. Este conceito é novamente afirmado no catecismo, que diz que "as portas do perdão devem permanecer sempre abertas para aqueles que querem se livrar do pecado"[5]. ProtestantismoOs protestantes não tem uma visão unificada para definir o que é de fato um pecado contra o Espírito Santo. João Calvino escreveu sobre o pecado eterno:
De forma similar, Jacob Arminius definiu-o como "a rejeição e a recusa de Jesus Cristo por meio de malícia e ódio determinados contra Cristo". Porém, Arminius diferia de Calvino por acreditar que o pecado poderia ser cometido por crentes. Armínio chegou nesta conclusão interpretando Hebreus 6:4–6[7]. Algumas interpretações protestantes modernas do pecado incluem o ato deliberado de tachar o bem como mal, como rejeitar a convicção no Espírito Santo, de publicamente atribuir a obra do Espírito Santo a Satanás e atribuir a obra de Jesus a Satanás (sob esta interpretação, o pecado só poderia ser cometido enquanto Jesus estava vivo). Independente da interpretação, os protestantes geralmente concordam que alguém que tenha cometido o "pecado eterno" não é mais capaz de se arrepender e, por isso, de ser perdoado. Assim, alguém que tenha medo de ter cometido este pecado não o cometeu, pois ainda teme. IslamismoDe acordo com o Alcorão, idolatria é um pecado imperdoável, sendo classificado como a confecção de qualquer tipo de imagem relacionada ao divino, bem como arrogância e egoísmo[8]. Historiadores e sociólogos apontam que para "fugir" da proibição de confecção de obras de arte do divino, os árabes desenvolveram sua escrita, enfeitando-a, tornando ela própria uma "obra de arte relacionada ao divino".[9] O Alcorão e a tradição profética (Sunnah), definem quatro categorias principais de idolatria no Islã.
Ver tambémReferências
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