Paul Graham
Paul Graham (Weymouth, Inglaterra, 1964) é um programador Lisp, investidor e ensaísta. Ele escreveu On Lisp (1993), ANSI Common Lisp (1995) e Hackers & Painters (2004). Em 1995, Graham e Robert Morris fundaram a Viaweb, o primeiro application service provider. O software da Viaweb (escrito principalmente em Common Lisp) permitia que os usuários construíssem suas próprias lojas virtuais. No verão de 1998, a Viaweb foi vendida para o Yahoo! por 455.000 ações da carteira do Yahoo!, avaliadas em USD$ 49,6 milhões[1]. Após a aquisição, o serviço tornou-se o Yahoo! Store. BiografiaNascimento e EducaçãoPaul Graham nasceu 13 de novembro de 1964[2] em Weymouth[3], uma cidade litorânea de Dorset, Inglaterra. Ele é formado na Universidade Cornell em Ithaca, cidade de Nova Iorque, Estados Unidos. Em Cornell, Paul obteve um bacharel em humanidades (filosofia) no ano de 1986.[4] Ele continuou os estudos em Harvard, onde obteve mestrado (em 1988) e doutorado (em 1990) em ciências aplicadas com especialização em ciências da computação. Paul também estudou pintura na Academia de Belas Artes de Florença e na Escola de Design de Rhode Island.[4] EmpresasEm 1995, Graham e Robert Morris criaram uma empresa de Software como serviço chamada Viaweb, considerada a primeira empresa Software como serviço, a empresa foi comprada pelo Yahoo em 1998 e foi renomeada Yahoo Store. [5] Em 2005, Jessica Livingston, Paul Graham, Robert Morris e Trevor Blackwell fundaram a empresa Y Combinator, outra pioneira em seu ramo. Y Combinator é uma Incubadora de empresas e desde sua criação, já "incubou" mais de 800 startups, entre elas Airbnb e Dropbox. Ensaios e LivrosDesde 2001 Paul vem publicando ensaios regularmente em sua página. Paul é autor em livros de linguagens de programação Lisp (em 1993) e ANSI Common Lisp (em 1995). Ele também publicou uma coleção de seus ensaios, Hackers & Painters (em 2004).[5] EnsaiosEm seus ensaios, Paul Graham trata de assuntos diversos, existem ensaios sobre a linguagem de programação Lisp, fundação de startups, até sobre convívio social de adolescentes em escolas de ensino médio.[6][7][8] Sobre LispGraham fala em um de seus ensaios, "Beating the Averages", sobre o uso de Lisp na época da criação de sua empresa Viaweb. O uso da linguagem Lisp era já difundido em universidades e em centros de pesquisa, mas seu uso em empresas era limitado, reduzido. No ensaio Paul fala sobre como programadores conhecem uma linguagem de alto nível, e tem uma tendência de se acomodar no uso da mesma. Quando esses programadores se deparam com uma linguagem nova, mais poderosa, acabam a considerando muito carregada de funções, desnecessária. Se valendo dessa vantagem (Paul e seu parceiro conheciam bem Lisp) a empresa foi capaz de se manter sempre a frente da concorrência.[6] Linguagem BlubNesse ensaio também foi cunhado o termo Blub. Blub é uma linguagem hipotética, considerada um "meio-termo" no espectro das linguagens de baixo até alto nível. O paradoxo Blub é que o programador que usa Blub enxerga as linguagens de nível mais baixo que Blub como incompletas, precisam de muita programação extra por falta de uma funcionalidade X de Blub, então Blub é a melhor escolha. Linguagens com nível mais alto que Blub são desnecessárias, o programador "pensa" em Blub. Já um programador de uma linguagem de nível mais alto enxerga Blub como incompleta por não ter funcionalidade Y.[6] Sobre StartupsPaul Graham afirma que a diferença entre startup e uma empresa comum, startups são criadas para crescimento rápido. Não é só esforço da equipe e sorte que causam o crescimento vertiginoso, caso essa fosse o único requisito, não existiria necessidade para a criação do termo. A afirmação é apoiada pela ideia de que uma empresa necessita basicamente de dois itens para atingir crescimentos bruscos:
O produto deve resolver um problema de um grande número de pessoas. Um software criado para ensinar tibetano para falantes do húngaro é um produto que pode ser servido a maioria dos que desejam esse produto. O número de usuários é limitado.
O produto deve atingir a população que o deseja. Uma barbearia é um exemplo de produto que é desejado por muitas pessoas, o corte de cabelo. Nesse caso o problema é servir a todos, os usuários que têm acesso a uma barbearia são usuários locais, raramente uma pessoa viaja em busca de um corte de cabelo. Há um problema para servir todos os usuários. A maioria das empresas é restrita por um dos dois itens, a diferença entre essas empresas e startups de sucesso é que as startups não são restritas e podem atingir os dois.[7] Sobre NerdsEm um de seus ensaios, Paul discute as relações sociais de adolescentes no colégio. Há uma classificação dos alunos do colégio de acordo com a popularidade. Sendo os mais populares classificados como A e os menos populares classificados como E, as classificações dos que sentavam na mesma mesa para o almoço são se popularidade semelhante. Paul era, na própria classificação, classificado como D. Paul fala da correlação entre ser inteligente e ser nerd, também fala da correlação inversa entre ser nerd e ser popular. Dessa maneira criando uma ideia de que ser inteligente faz com seja impopular. Isso é questionado já que um aluno inteligente deve ser capaz de descobrir como funciona o sistema de popularidade e manipulá-lo a seu favor. Outra teoria é a de que alunos inteligentes são impopulares pois causam inveja nos que não são considerados da mesma forma. A conclusão de Paul é a de que a qualidade de ser inteligente não é tão valorizada quanto aparência física, carisma ou habilidade em algum esporte, o que realmente acontece é que ser popular não é o interesse dos alunos inteligentes. Os alunos inteligentes desejam mais o aprendizado de algum assunto como escrever bem, programação de computadores, circuitos eletrônicos, etc.[8] Referências
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