Partido de Renovação Social (Guiné-Bissau)
Partido da Renovação Social (PRS) é um partido político de Guiné-Bissau. É um dos principais partidos do país, geralmente fazendo oposição ao PAIGC. HistóriaA abertura democrática de Guiné-Bissau permitiu a criação de diversos partidos no país, onde antes era permitido somente o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Kumba Yalá, que tinha sido expulso do PAIGC no ano anterior, fundou o PRS em janeiro de 1992.[1] Yalá correu na eleição presidencial de 1994 pelo PRS, e recebeu 21,88% dos votos no primeiro turno no dia 3 de julho.[2] Embora a oposição tenha se unido sob a figura dele, no segundo turno, realizado no dia 7 de agosto, ele perdeu para o presidente Nino Vieira, recebendo 47,98% dos votos.[3] O PRS ganhou 10,3% dos votos na eleição parlamentar de 3 de julho do mesmo ano, conquistando 12 dos 100 assentos.[2] The PRS won 10.3% of the vote[4] Depois que Vieira foi deposto num golpe de Estado no dia 7 de maio de 1999, o governo de transição sob a liderança de Malam Bacai Sanhá realizou novas eleições. Mais uma vez Yalá concorreu à presidência. No primeiro turno, realizado em novembro de 1999, ele recebeu 38,81% dos votos; e no segundo turno, em janeiro de 2000, ele derrotou decisivamente Sanhá com 72% dos votos. Nas eleições legislativas, também realizada em novembro, o PRS ganhou 38 dos 102 assentos, tornando-se o maior partido na Assembleia Nacional Popular. O PRS indicou seu líder congressista, Caetano N'Tchama, para assumir primeiro-ministro em janeiro 2000.[5] Yalá renunciou ao cargo de presidente do PRS em maio de 2000. O primeiro-ministro Alamara Nhassé foi eleito como líder do partido em janeiro de 2002 em uma convenção PRS, na sequência da sua demissão como primeiro-ministro no final do ano, ele renunciou ao cargo de líder do partido e foi substituído por Alberto Nan Beia. O período em que o PRS esteve no poder foi caracterizado por uma má situação econômica e instabilidade política. Yalá foi acusado por críticos de ser irregular e ter tendências autocráticas. Ele dissolveu o parlamento em novembro de 2002, mas as eleições antecipadas previstas para serem realizadas em fevereiro de 2003 foram adiadas várias vezes, até que o próprio Yalá foi deposto num golpe de Estado liderado por Veríssimo Correia Seabra, em 14 de setembro de 2003.[6] O governo militar de Seabra escolheu o secretário-geral do PRS, Artur Sanhá, para tornar-se primeiro-ministro de um governo de transição, com Henrique Rosa como presidente; eles foram empossados em 28 de setembro.[7] Sanhá assumiu o cargo, apesar da oposição de 15 dos 17 partidos políticos envolvidos, que cobravam do primeiro-ministro independência governativa.[8] A eleição legislativa 2004 foi ganha pelo PAIGC, que recebeu 33,88% dos votos e 45 dos 100 assentos, o PRS tornou-se o segundo partido mais forte no parlamento, com 26,50% dos votos e 35 assentos. A PRS concordou em apoiar a PAIGC no parlamento, em troca de uma série de cargos importantes, apesar de não ter qualquer ministro no governo.[9] Yalá foi libertado da prisão domiciliar pouco antes das eleições legislativas em março de 2005,[10] sendo escolhido pelo PRS como seu candidato na eleição presidencial daquele ano.[11] Ele recebeu 25% dos votos no primeiro turno eleitoral e, portanto, não poderia participar do segundo turno, que foi realizada entre Malam Bacai Sanhá e João Bernardo Vieira. Yalá e seu partido protestaram contra o resultado do primeiro turno, alegando ter efetivamente recebido a maioria dos votos. Entretanto Yalá posteriormente reconheceu o resultado e endossou a candidatura de Vieira para o segundo turno.[12][13] Por causa de uma crise no PAIGC, que causou a desfiliação de muitos parlamentares deste partido, o PRS tornou-se mais uma vez o maior partido no parlamento. Em 12 de novembro de 2006, a Yalá foi eleito novamente presidente da PRS no terceiro congresso do partido, com cerca de 70% dos votos. O líder anterior, Nan Beia, recebeu 20%. Sua vitória foi, porém, contestada por seus adversários dentro do partido.[14] Em março de 2007, o PRS formou uma tríplice-aliança partidária, com o PAIGC e o Partido Unido Social Democrático, onde tentaram formar um novo governo.[15] Isto levou a um bem-sucedida estratégia, que culminou numa moção de censura contra Aristides Gomes. Sua demissão ocorreu no fim do mês, abrindo espaço para a indicação, pelos três partidos, de um novo primeiro-ministro, Martinho Ndafa Kabi. Ele foi nomeado por Vieira, e em 17 de abril de um novo governo foi formado, composto por ministros dos três partidos.[16][17] Em maio de 2007, na sequência de um apelo para a anulação do terceiro congresso ordinário por uma facção do PRS contra Yalá, o Tribunal Regional de Bissau cancelou resoluções do congresso e Yalá foi removido da liderança do partido. Em 23 de agosto de 2007, no entanto, a Suprema Corte da Guiné-Bissau reverteu essa decisão e Yalá foi reconduzido á liderança do partido.[18] Resultados eleitoraisEleições legislativas
Referências
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