Parodiantes de LisboaOs Parodiantes de Lisboa foram um grupo de comediantes portugueses, surgidos em Lisboa no ano de 1947, que criaram imensos programas clássicos, humorísticos, para a rádio portuguesa. HistóriaA origemEm 1947, é encerrado "A Bomba" um semanário humorístico de grande impacto nacional.[1] Com o seu encerramento, surge um vácuo no panorama humorístico português, foi então que Ferro Rodrigues, Santos Fernando, Mário de Meneses, Mário Ceia, Manuel Puga, José Andrade, Rui Andrade e outros, se resolveram juntar e criar o grupo "Parodiantes de Lisboa" que vê a luz do dia a 18 de março de 1947.[1][2] Segundo Mário de Meneses, o nome foi baseado numa companhia de teatro de António Lopes Ribeiro e de Francisco Lopes Ribeiro, que dava pelo nome de "Os Comediantes de Lisboa".[1] O inícioO primeiro programa desenvolvido e apresentado pelo grupo chamava-se "Parada da Paródia" e ia para o ar às Terças-feiras, pelas 20h, na Rádio Peninsular, naquele tempo instalada na Rua Voz do Operário[1][3] Com o evento da publicidade, os Parodiantes de Lisboa, aventuraram-se em novas produções radiofónicas, ainda nos Emissores Associados de Lisboa.[3] A consagraçãoNesse mesmo ano, foi para o ar, no Rádio Clube Português, o programa "Graça com Todos", que se transformou no programa radiofónico nacional com maior longevidade, permanecendo no ar por 50 anos,[2] e de maior cobertura além-fronteiras, chegando a ser transmitido simultaneamente, a nível nacional, nas cidades de Lisboa e Porto e na Madeira, e a nível internacional, em muitas estações estrangeiras dedicadas a emigrantes, bem como em Angola e Moçambique.[3] A revista "Parada da Paródia" [1] foi publicada semanalmente, entre 10 de Novembro de 1960 e 1 de Novembro de 1962, tendo como colaboradores nomes como Carlos Pinhão, António Rolo Duarte, Maria João Duarte, Raul da Costa, Antero Nunes, Benjamim Veludo, Álvaro Magalhães dos Santos, João Martins, entre outros. Foram marcantes campanhas publicitárias como o J. Pimenta, Fábrica de Chaves do Areeiro, rebuçados Dr. Bayard, marca Polylon ou Frineve, que ainda hoje estão nos ouvidos de muita gente. Os programas eram vários como "Piadinhas e Torradinhas", de manhã, "Graça com Todos", ao almoço, "Teatro Trágico", à tarde. Houve outros como o "Meia-Bola e Força!" para os amantes do desporto. O fimA 18 de março de 1997, exactamente 50 anos depois da sua formação, os Parodiantes de Lisboa acabaram, por decisão de Rui Andrade, contra vontade do seu irmão, José Andrade.[2][3] Programas de CultoAlém de "Graça com Todos", também produziram "Vira o Disco", "Radio-novelo", "Teatro Trágico", "Entre as dez e as onze" e “PBX”, este último com Carlos Cruz e Fialho Gouveia, indo para o ar na Rádio Renascença.[4] Colaboram nomes como Fernando de Almeida, Paulo Fernand, João David Nunes, Fernando Quinas, Luís Alcobia, Lili Neves, Ana Zanatti, Maria Eduarda, Helena Wolmar,[5] Cândido Mota, Maria Duarte, Virgílio Barros. Personagens célebresDe entre imensos personagens criados pelos Parodiantes de Lisboa, ficaram para a memória.[4]:
Outras realizações[6]
No Teatro
Cinema
Televisão
Publicações
Prémios e distinções[6]
Novos ParodiantesA 1 de setembro de 1997 foi constituída, por Vítor Figueira, a empresa Parada da Paródia - Produções e Publicidade, Lda. Esta empresa, pretende ser um projecto semelhante aos antigos Parodiantes de Lisboa, intitulando-se os Novos Parodiantes. Além de vários programas radiofónicos, promovem acções de carácter social e concursos para autores de textos humorísticos e para a eleição das figuras públicas "mais bem dispostas”.[7] Referências
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